Eles são carecas,
gorduchinhos, e ninguém entende nada do que falam. Da mesma forma, ninguém
consegue não gostar deles. Quantas vezes você parou para pensar no que se passa
na cabeça do seu neném? Então aproveite esses 11 fatos sobre o cérebro dos
bebês que todos os pais deveriam saber.
1) Todos os bebês
nascem cedo demais
Biólogos sugerem
que, se não fosse pelas limitações de tamanho da pelve de uma mulher, os bebês
ficariam no útero muito mais tempo. Para caber através da “portinha de saída”,
entretanto, o cérebro do recém-nascido é um quarto do tamanho de um adulto.
Assim, alguns pediatras rotulam os três primeiros meses de vida do bebê como o
“quarto trimestre” de gravidez, para enfatizar quão necessitados e ainda desprovidos
de habilidades sociais eles são nesta fase. O primeiro sorriso social, por
exemplo, não costuma aparecer até que a criança tenha entre 10 e 14 semanas de
idade, e a primeira fase de apego começa por volta dos 5 meses de idade. Alguns
biólogos acreditam que os recém-nascidos são socialmente ineptos, e tem um
choro chato, para que os pais não se apeguem muito nessa fase em que o bebê tem
uma maior probabilidade de morrer. E, é claro, o choro também garante que ele
receba a atenção que precisa para sobreviver.
2) Respostas às
necessidades do bebê ajudam seu cérebro
Segundo
especialistas, o cérebro do bebê evoluiu para usar as respostas de seus pais
para se desenvolver. O córtex pré-frontal dos recém-nascidos não tem muito
controle, por isso os esforços para se disciplinar ou outras preocupações são
inúteis neste momento. Em vez disso, os recém-nascidos aprendem sobre fome,
solidão, desconforto e fadiga, e como é bom ter essas dores aliviadas. Quem
cuida do bebê pode ajudar neste processo de aprendizado respondendo prontamente
às necessidades do bebê. Não que haja um meio de impedir um bebê de chorar. Na
verdade, todos os bebês, não importa o quão sensíveis sejam seus pais, têm um
período de pico de choro em torno da idade gestacional de 46 semanas. A maioria
dos bebês nasce entre 38 e 42 semanas. Ou seja, um bebê prematuro, nascido com
34 semanas, atingirá seu pico de choro com cerca de 12 semanas de idade, enquanto
um bebê que nasceu com 40 semanas vai chorar mais com cerca de 6 semanas de
idade.
3) Caretas e sons
bobos são importantes
Cientistas explicam
que quando os bebês imitam as expressões faciais de seus pais, desencadeiam a
emoção em si também. Isso ajuda as crianças a desenvolverem suas noções básicas
inatas de comunicação emocional, e pode explicar por que os pais tendem a fazer
caretas exageradas com seus pequeninos, tornando-as mais fáceis de se imitar. A
conversa boba com o bebê é outra resposta aparentemente instintiva que os
pesquisadores descobriram ser fundamental para o desenvolvimento infantil. Sua
musicalidade exagerada e estrutura lenta enfatizam componentes fundamentais da
língua, o que ajuda o bebê a entender as palavras.
4) O cérebro do bebê
cresce muito rápido
O cérebro dos
recém-nascidos humanos, macacos e Neandertais são muito mais semelhantes do que
são na vida adulta. Após o nascimento, o cérebro humano cresce muito
rapidamente, mais do que duplicando até atingir 60% do seu tamanho adulto no
momento em que assopra sua primeira vela de aniversário. Ao jardim de infância,
o cérebro já atingiu seu tamanho máximo, mas não termina de se desenvolver até
os 20 e poucos anos. Mesmo assim, o cérebro não pára nunca de mudar, para
melhor ou para pior. Alguns cientistas especulam que essa mudança do
desenvolvimento do cérebro infantil para uma escala rápida foi moldada ao longo
de eras de evolução.
5) Luz fraca x
flash: cérebro dos bebês x cérebro dos adultos
O cérebro do bebê
tem muitas mais conexões neuronais do que o cérebro dos adultos. Eles também
têm menos neurotransmissores inibitórios. Como resultado, a percepção de
realidade do bebê é mais difusa (menos focada) do que a dos adultos. Eles são
vagamente conscientes do seu redor – uma estratégia sensata, considerando que
ainda não sabem o que é importante. Cientistas comparam a percepção do bebê à
luz de uma lanterna que espalha uma luminosidade fraca por todo o quarto, e a
percepção do adulto à uma lanterna ou flash conscientemente focado em coisas
específicas, mas ignorando detalhes de fundo. Conforme os bebês amadurecem,
seus cérebros passam por um processo onde as redes neuronais são
estrategicamente moldadas e aperfeiçoadas pela experiência. O mundo se ordena,
mas também fica mais difícil de inovar e criar coisas, como uma pintura facial
de purê de espinafre. Pesquisadores argumentam que as pessoas criativas são
aquelas que mantêm a capacidade de pensar como uma criança.
6) Balbuciar é
aprender
Dentro da luz de sua
lanterninha, entretanto, os bebês podem focar momentaneamente. E quando o
fazem, eles pronunciam um som para transmitir interesse. Em particular,
balbuciar sílabas sinaliza para os adultos que eles estão prontos para aprender.
Pais ambiciosos devem ficar atentos a este sinal. Os pesquisadores afirmam que
a única coisa conhecida que torna os bebês mais espertos é falar com eles. O
diálogo é o melhor, no qual o pai responde na pausa de uma vocalização do bebê.
7) Pais que não respondem
tanto podem ajudar os bebês
Alguns pais se
esforçam demais para responder o bebê. Mas quando os bebês ganham uma reação
100% do tempo, eles ficam entediados e se desviam. A aprendizagem é muito
delicada. Ao agir instintivamente, os pais respondem a 50 a 60% das
vocalizações do bebê. Em laboratório, especialistas descobriram que o
desenvolvimento da linguagem pode ser acelerado quando os bebês são respondidos
80% do tempo. Algo além disso, no entanto, declina a aprendizagem. Os pais
também naturalmente ajudam o bebê quando respondem menos aos sons que já
ouviram muitas vezes (como “eh”), mas se empolgam repetindo um novo som que se
aproxima de uma palavra (como “da”). Com as estatísticas, o bebê começa a
entender o som de sua linguagem.
8 ) TV e vídeos não
ajudam o cérebro do bebê
Os bebês podem
chorar com as entonações de sua língua materna, mas as respostas sociais são
fundamentais para a habilidade da criança de aprender a língua totalmente. Os
bebês dividem o mundo entre as coisas que respondem a eles e as coisas que não
respondem a eles. E as coisas que não respondem, não ensinam. Vídeos, filmes,
programas, mesmo que educacionais, não seguem as sugestões do bebê, razão pela
qual DVDs infantis como Baby Einstein são considerados ineficazes. Se você quer
ajudar seu bebê a ser inteligente, desligue a TV e brinque com ele.
9) Não sobrecarregue
o bebê
A necessidade de
interação humana não significa que os bebês devem ser estimulados o tempo todo.
Eles têm períodos curtos de atenção e podem facilmente ficar sobrecarregados.
Então, às vezes, a interação que eles precisam é simplesmente ajudá-los a se
acalmar. Isso pode ser fornecido por um balanço, o escurecimento das luzes,
etc. Ser capaz de não apenas se acalmar, mas também dormir, especialmente
durante a noite, pode aumentar o desenvolvimento de competências nos bebês,
pelo menos nos de 12 meses ou mais.
10) Bebês surdos
Os bebês ouvem mal,
o que pode ser o motivo de seu choro não incomodá-los tanto quanto nos
incomoda. E, em geral, as crianças não conseguem distinguir as vozes ou ruídos
de fundo como os adultos. Isso pode explicar porque crianças dormem em paz em
ambientes ruidosos, ou porque seu filho não responde quando você pede para ele
PARAR. Pela mesma razão, sempre ter música ou televisão ligada pode tornar mais
difícil para os bebês distinguirem as vozes em torno deles e “pegarem” a
linguagem. Embora os bebês muitas vezes amem música, ela deve ser uma atividade
voltada, e não um ruído de fundo.
11) Mais do que
papai e mamãe
Estudos têm
demonstrado que as crianças parecem se sair melhor quando têm pelo menos três
adultos por perto. O tempo gasto com um avô, um professor de creche, um amigo
da família, uma tia coruja, ajuda as crianças a aprender a ler expressões
faciais diferentes e expandir sua capacidade de tomar as perspectivas dos
outros. Bebês usam processos mentais adultos para decifrar as emoções dos
outros com cerca de sete meses de idade.
Fonte: LiveScience