Amor versus religião

Você é judia. Ele católico. Você é espírita. Ela é evangélica. Você é budista. Ele é ateu. Antigamente era proibido e muito mal visto pessoas de crenças diferentes se casarem. Com o tempo, a tradição de perpetuar a religião através do casamento foi diminuindo, porém ainda hoje, algumas famílias não aceitam muito bem a escolha de seus filhos.

Quando se têm familiares e amigos contra o casamento, muito stress é gerado e só dificulta vida de duas pessoas que se amam e que estão aprendendo uma nova vida juntos. Além disso, o próprio casal já tem muitos pontos de diferenças que precisarão trabalhar e resolver juntos.

Se apenas uma pessoa é praticante de alguma religião é mais fácil: o outro se converte e decidem juntos qual religião será à base dos filhos. Porém, quando os dois são praticantes começa o primeiro problema: quem vai se converter? Mesmo que entrem em um acordo, se a família se opõe ou não dá o suporte necessário, pode resultar em muitos sentimentos dolorosos como culpa, rejeição e dor.

Decidiu se casar com alguém de outra religião? Agora vocês terão que definir qual será o tipo de cerimônia escolhida, quais serão os votos e quem presidirá a cerimônia. Não é fácil, ainda mais se as duas famílias forem religiosas. Você escutará críticas o tempo todo. Eles precisarão estar preparados para lidar com esses obstáculos de uma maneira de honre os valores de cada um dos noivos.

A tradição e costume de cada religião incluem simbologias, comidas, feriados, celebrações muito específicas. Pode ser muito desconfortante estar com uma família que professa outra fé, e você não sabe o que esperam de você. Pessoas nessa situação podem se sentir em território estrangeiro e até mesmo ofender alguém por falta de conhecimento.

É essencial que o casal converse a respeito das tradições e costumes próprios da sua religião. Imagine a morte de alguém na família. Cada tradição lida com a morte de uma maneira muito particular, e nesse caso é muito importante entender como você deve suportar o (a) seu (sua) parceiro (a) num caso desses.

No dia de celebrações festivas de cada religião, convidar os familiares do (a) seu (sua) parceiro (a) será um desafio. Ao mesmo tempo em que o casal vai querer uma comemoração pacífica, eles também querem que suas respectivas famílias se sintam bem. Se você se enquadra nesse perfil de pessoa, saiba que é normal ter um tempo para acertar e entender as tradições do outro.

Outro ponto muito importante é a conversa sobre como vão educar os filhos. Cada religião possui formas específicas de lidar com o nascimento de uma criança e o casal precisa estar alinhado a isso. Não pode esperar a criança nascer para definir o que será feito. É importante também deixar os parentes avisados sobre a decisão de vocês. Muitos casais, hoje em dia, ensinam as duas religiões e deixam à criança escolher qual religião seguir quando tiver maturidade para isso.
 

Para dar certo depende muito de como cada um lida com a religião do outro.
 

Existem muitos casos de parceiros (as) que exigem que o outro abandone sua religião e siga a dele (a) e muitos fazem isso por medo da perda.
Uma forma errada de se relacionar com outra pessoa, pois todos nós tivemos uma vida pregressa ao atual relacionamento. O ideal no relacionamento com pessoas de religiões diferentes é o respeito.
 

Respeitar a religião do outro, para que a sua também seja respeitada.

A base de um relacionamento saudável nesse caso é a conversa, aberta, franca e madura. Se existem valores que são muito importantes para você, não passe por cima. Discutam e entendam juntos que caminho seguir.

Mas lembrem-se, no fundo toda religião fala de amor e de uma maneira para buscar o equilíbrio e a fé. Portanto, não faça disso um obstáculo para um casamento de sucesso e para uma vida com o seu amor!

Fonte: O Blog do Amor ,A Observadorista