Usamos a expressão “suar a camisa” para indicar a prática de
um esforço para conseguir algo que se deseja. Aos nos esforçamos fisicamente o
corpo tende a transpirar para controlar a temperatura do corpo. Mas nem sempre
“suar a camisa” é algo natural. Muitos homens se queixam daquelas enormes
“pizzas” em baixo do braço ou do odor que exalam durante o exercício físico.
Para saber um sobre esse tipo de problema, consultamos a dermatologista Carol
Coelho que nos esclareceu sobre o que é a Hiperidrose e também a bromidrose e
como tratá-las.
O suor é uma forma que o nosso organismo tem de controlar a
temperatura do corpo, especialmente durante a prática de exercícios físicos,
febre ou em ambientes quentes. Suar bastante nestas situações é normal e até
saudável, mas se esse suor excessivo acontece a todo instante e em qualquer
ocasião, é um sinal de hiperidrose. Esta doença se caracteriza pela
hiperatividade das glândulas de suor, principalmente nas regiões das axilas,
pés e mãos, mas também pode acometer outras áreas do corpo como virilhas e
couro cabeludo e tem nos fatores psicológicos as principais causas da doença.
A hiperidrose pode ser
primária (quando não se encontra uma doença associada) ou secundária
(relacionada a doenças endócrinas, neurológicas, menopausa, obesidade e
principalmente doenças psiquiátricas/transtornos de ansiedade). Os pacientes
com hiperidrose associada à ansiedade normalmente não suam quando estão
dormindo (estado de relaxamento), mas suam bastante mesmo com o tempo frio.
Apesar de o senso comum nos levar a achar que homens suam mais que mulheres,
não há comprovação científica para isso e dados indicam que a hiperidrose
atinge homens e mulheres em igual proporção e que cerca de 2.8% da população
sofram com esta doença.
O tratamento para a hiperidrose varia de acordo com a causa.
A primeira regra é não tentar a automedicação e sim procurar um dermatologista.
Os médicos costumam graduar a hiperidrose primária em leve, moderada e severa
através da avaliação do grau de constrangimento, problemas sociais e de
auto-estima relacionados à doença para escolher o tratamento mais adequado. Nos
casos leves usa-se desde soluções simples, como talcos anti-sépticos e leite de
magnésia aos medicamentos tópicos contendo cloreto/cloridróxido de alumínio,
associados ou não, ao triclosan, glutaraudeído, iontoforese. Existem ainda os
anticolinérgicos orais que também podem ser usados, mas eles causam muitos
efeitos colaterais e por isso costuma ser recomendados.
Nos moderados/severos
partimos para aplicação da toxina botulínica tipo A nas regiões afetadas
garantindo ao paciente um média de 6 meses sem suar. Nos casos de difícil
tratamento ou em que o paciente sofre muito com o problema, a melhor opção é o
encaminhamento para um cirurgião torácico para realizar a cirurgia de
simpatectomia (remoção de uma parte específica do nervo simpático principal)
que cura definitivamente a hiperidrose daquele local, mas pode ter um efeito
colateral de compensação da sudorese em outras áreas como peito e costas. Ao
optar por este tipo de tratamento é aconselhável conversar com o médico sobre
todas as possibilidades de efeitos colaterais, alguns podem ser irreversíveis.
Outro mal ligado a hiperidrose é a bromidrose, nome dado ao
mau odor provocado pelo suor excessivo em algumas partes do corpo,
principalmente axilas e pés. O odor ocorre pela decomposição do suor por
bactérias que habitam estas regiões. A cura da bromidrose esta na cura da
hiperidrose. No caso dos homens que, em geral, não depilam as axilas, não há
relação entre os pelos das axilas e hiperidrose ou bromidrose. E provavelmente
os homens exalam mais odor por outros fatores associados como a questão
hormonal (testosterona) e a maior produção de sebo/oleosidade da pele. Se você
não tem umidade excessiva em determinadas regiões e faz uma boa higiene local,
não haverá mau odor.
HIGIENE, TECIDOS E
DESODORANTES – como agir e
escolher
01- A higiene é sempre a primeira ação para combater
qualquer tipo de doença, ainda mais quando se trata de suor e odores.
02 - É fundamental lavar e enxugar muito bem não
só as axilas, mas também os pés e a virilha. Manter sempre estas regiões limpas
e secas e usar talcos para os pés e antitranspirante.
03 - O uso de antitranspirante não faz mal à
saúde como já se ouviu falar, pois ao contrário do que se pensa ele não impede
a produção de suor, só minimiza.
04 - É importante saber que os desodorantes
comuns não tratam a hiperidrose e são apenas perfumes que disfarçam o odor com
uma leve ação antitranspirante. O melhor a fazer é escolher desodorantes
suaves, com pouco perfume e secos/dry para evitar irritações na pele.
05 - O melhor tecido para quem sofre de
hiperidrose ou bromidose é o algodão e uma dica importante é nunca repetir
roupa. Usar apenas uma vez e colocar para lavar. É também aconselhável ter
sempre uma camisa limpa para trocar durante o dia e/ou também meias e cuecas.
Isto previne não só a bromidrose como as micoses e outras doenças associadas ao
excesso de umidade da pele.
SUA PELE (E ROUPA)
SEMPRE SECA COM NOSSAS SUGESTÕES
PESQUISA
SOBRE CONSUMO X VAIDADE DO HOMEM
Recentemente a Unilever fez uma pesquisa com cerca de mil
brasileiros de 30 a 55 anos sobre questões como os cuidados pessoais e a imagem
dos homens na mídia. Confira alguns pontos bem interessantes:Sobre
frequência de uso, o desodorante, foi citado por 90% dos
entrevistados, vem depois apenas do sabonete em barra, mencionado por 94% deles.
Quando o assunto é a representação do homem na publicidade e na mídia, eles
consideram ser retratados como caricaturas que expressam mitos e estereótipos.
Sete em cada dez entrevistados acham que a mídia os mostra como muito
mulherengos, além de muito atléticos e malhados. Ou seja, a maioria até
gostaria de ser considerado um Casanova ou ter uma barriga tanquinho, mas a
realidade é bem diferente. Outro estudo da Unilever revela que 27% dos
homens declaram ter sensibilidade a desodorantes e, entre esses, 57% sofrem
com irritações nas axilas. Fonte: Unilever
Fonte: Revista
Mensch, Clínica Carolina Coelho – Rua Frei Matias Teves, 280,
Emp. Albert Einstein, Sala 509, Ilha do Leite, Recife/PE - F: (81) 3423.5690 www.carolinacoelho.com.br