Focos de incêndio, furacões e até crimes já podem ser
antecipados pelas máquinas. Os computadores já foram utilizados para
solucionar problemas das mais diversas áreas. Exatas, biológicas, humanas e até
o campo jurídico se beneficiam dos avanços da informática. Há algum tempo a
tecnologia vem ajudando a deixar algumas tarefas do dia a dia ainda mais
simples.
Além de aplicativos e serviços, os computadores também vêm
sendo utilizados para prever acontecimentos, reações e até mesmo crimes. Os
resultados das pesquisas são realmente promissores e alguns softwares já estão sendo
utilizados na prática em diversas partes do mundo.
Ficou curioso para saber o que as máquinas já são capazes de
prever? Então não deixe de conferir os tópicos abaixo.
Furacões
Uma equipe de pesquisas da Universidade Estatal da Flórida
criou, em 2000, uma forma de prever furacões. Na época, o grupo adquiriu um
computador capaz de armazenar cinco vezes mais dados do que a biblioteca do
Congresso dos Estados Unidos e realizar cálculos até 10 vezes mais rápido do
que um PC doméstico.
Atualmente, a equipe conta com uma máquina muito mais
poderosa e consegue prever com maior precisão a trajetória dos furacões em
formação. Dessa forma, é possível guiar corretamente a equipe de solo e alertar
os lugares que possivelmente serão afetados.
Crimes
A tecnologia ao estilo do filme Minority Report já está
presente em alguns estados dos Estados Unidos e vem ajudando o departamento de
polícia a prever alguns delitos. Os agentes de Maryland e Pensilvânia utilizam
um software que é capaz de antecipar alguns delitos que podem ser cometidos por
prisioneiros em condicional ou libertados.
O programa foi desenvolvido pelo professor e perito em
criminologia Richard Berk, da Universidade da Pensilvânia. A ferramenta leva em
conta o comportamento dos detentos quando jovens e o tipo de crime que
cometeram. Além disso, um histórico de mais de 60 mil dados criminais ajuda o
algoritmo a prever o comportamento dos ex-prisioneiros.
Focos secundários de incêndio
Durante um incêndio, os focos secundários são um grande
problema para a brigada de combate ao fogo. Muitas vezes, fagulhas são
levadas pelo vento e acabam criando um segundo foco de incêndio.
É por isso que a equipe de pesquisas da Universidade de
Coimbra, em parceria com o Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais,
vem aperfeiçoando o software desenvolvido em 2009, capaz de prever as áreas
onde há maior risco de aparecerem focos secundários de incêndio.
O software utiliza um sistema bem avançado de aquisição e
análise de imagens para medir o número de partículas liberadas, velocidade do
vento e foco inicial. Dessa forma, é possível ter uma ideia de para onde as
fagulhas estão sendo transportadas e quais os pontos mais propensos à geração
de um novo foco de incêndio.
Doenças mentais
Um grupo de cientistas da Universitty College London vem
trabalhando há algum tempo em um programa de computador capaz de identificar o
risco de desenvolvimento de transtornos como ansiedade e depressão ou mesmo
alguma doenças mentais mais graves.
O objetivo é utilizar o aplicativo para descobrir doenças
mentais em crianças e jovens, intercedendo com o tratamento antes que os
sintomas apareçam. O algoritmo utiliza modelos de reconhecimento de padrões,
aprendizagem artificial e neuro-imagens para fazer as predições.
Surtos de gripe
Fazendo uso de dados fornecidos pela Google, pesquisadores
da Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia desenvolveram um estudo
que mostra ser possível prever surtos de gripe. O sistema criado, semelhante ao
utilizado por meteorologistas, é capaz de antecipar os locais mais afetados
pela doença e a duração média da epidemia.
Em posse dos dados fornecidos pelo sistema desenvolvidos, as
autoridades podem se preparam melhor para um possível surto de gripe,
preparando vacinas e antibióticas antecipadamente.
Reações humanas
Alegria? Tristeza? Nojo? Qual é o sentimento das pessoas ao
analisar uma pintura abstrata? Uma equipe de pesquisa da Universidade de
Trento, na Itália, fez essa mesma pergunta e começou a estudar as reações
humanas mais comuns durante a análise da arte abstrata.
No estudo, conduzido pelo Dr. Nicu Sebe, foram analisadas
mais de 500 pinturas do Museu de Arte Moder e Contemporânea de Trento. Dados
como distribuição de cores, linhas e formas utilizadas nos quadros foram
armazenadas em um banco de dados, juntamente com a reação de 100 pessoas que
observaram as telas.
Em posse dos dados, o sistema desenvolvido é capaz de
relacionar os elementos presentes nas obras com emoção das pessoas e criar
padrões de comportamento, o que permite prever qual será a resposta emocional
de um indivíduo ao analisar determinada pintura.
Fonte: Diário do Grande ABC, Jornal Diário de Notícias, Pesquisa publicada no PLOS ONE, Hospital Santa Cruz, NewScientist, Tecmundo
Fonte da imagem: iStock
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