Episódios bizarros das Copas

Nem o torneio que supostamente reúne a nata do futebol mundial está livre de acontecimentos esquisitos dignos de um jogo de churrasco.

1) Urugay?
Na primeira Copa do Mundo em 1930, a seleção da Bolívia quis bajular os anfitriões uruguaios. Antes da estreia contra a Iugoslávia, seus jogadores entraram com camisas com letras no peito para soletrar “VIVA URUGUAY” (na grafia em espanhol). Tudo daria certo se, na hora de tirar a foto, um jogador com uma camisa “U” não sumisse, fazendo com que se formasse apenas a palavra “URUGAY”. Uma homenagem duvidosa.


2) Artilheiro de óculos
O suíço Leopold “Poldi” Kielholz possui a distinção de ter sido o único jogador a fazer gols usando óculos em toda a história das Copas. Seu apetrecho de lentes redondas e armação preta preso à cabeça lhe dava um ar de professor. Na Copa de 1934, Kielholz marcou duas vezes na vitória de 3 x 2 sobre a Holanda e mais uma vez na derrota de 2 x 3 para a Tchecoslováquia


3) Calção frouxo
Em 1938, houve um pênalti a favor da Itália na semifinal diante do Brasil. Foi para a cobrança Meazza, maior craque da Azzurra. Sua imponência sofreu um abalo durante a corrida rumo à bola, quando o cordão da cintura arrebentou e seu calção caiu. Com reflexo rápido, Meazza segurou o calção com a mão direita e prosseguiu, fazendo o gol. Não se sabe se uma crise de riso impediu o goleiro brasileiro Walter de defender a cobrança.


4) Zebra corrigida
A vitória de 1 x 0 dos Estados Unidos sobre a Inglaterra (que ainda se achava a maioral por ter inventado o jogo) na Copa de 1950 é considerado o resultado mais absurdo de todos os mundiais. Tão absurdo que um redator de um jornal britânico achou que o telegrama informando “England 0, USA 1” tinha um erro de digitação. Por conta própria, o jornalista corrigiu para “England 10, USA 1” e despachou a notícia “correta” para a publicação.

5) Totó driblador
Um cachorro preto paralisou Brasil x Inglaterra em 1962 no Chile. Ele invadiu o campo e deu um baile em todos os jogadores que tentaram segurá-lo. Até que o canino driblador parou diante do atacante Jimmy Greaves, que se ajoelhou para atraí-lo. Curioso, o cão caiu na conversa e foi agarrado. Porém, teve sua vingança: urinou em Greaves, que passou o resto da partida fedendo como um poste.


6) Barreira afobada
O Zaire (atual Congo) causou sensação em 1974 por seu futebol ingênuo, seus goleiros frangueiros e por uma hilária demonstração de desconhecimento das regras. Contra o Brasil, numa falta contra os africanos, Rivelino se preparava para a cobrança. Eis que Mwepu Ilunga saiu em disparada da barreira e meteu um bico na bola para mandá-la bem longe – como se fosse um caso de “é de quem chegar primeiro”. Mwepu foi premiado com um cartão amarelo, recebido com uma cara incrédula de quem não sabia o que tinha feito de errado.


7) Camisa emprestada
Numa trapalhada de programação em 1978, França e Hungria chegaram ao estádio de Mar del Plata apenas com camisas brancas para usar em campo. O juiz Arnaldo César Coelho retardou o início da partida até que os franceses pegaram emprestadas as camisas alviverdes do Atlético Kimberley, um pequeno time local (foi campeão da quinta divisão argentina em 2013).

8) Sheik árbitro
Em 1982, o Kuwait sofreu um gol da França. Sua defesa pediu a anulação: alegou que parou no lance porque ouviu um apito e pensou que o impedimento fora marcado. O juiz nem quis saber. Até que o sheik Fahad Al-Ahmed Al-Jaber Al-Sabah entrou em campo e mandou seu time cair fora. Espantosamente, o árbitro Miroslav Stupar cancelou o gol e o jogo foi retomado.


9 Pênalti musical
A cantora Diana Ross tinha uma missão simples na inauguração da Copa de 1994 nos Estados Unidos: fazer seu show e depois cobrar um pênalti num minigol que explodiria. Só que Diana deu um dos chutes mais ridículos e tortos já vistos num estádio, bem distante do alvo. Foi o início do torneio que terminaria com outro pênalti defeituoso – aquele do Baggio.


10) Piripaque fenomenal
Horas depois de sofrer uma convulsão, Ronaldo Fenômeno foi inacreditavelmente escalado para a final de 1998 contra a França. Como se o Brasil fosse um time de várzea sem reservas. Ele atuou como um zumbi na derrota e teve até de ir ao Congresso se explicar numa CPI.

11) Amarelo triplo
O árbitro inglês Graham Poll enterrou sua carreira com uma lambança em 2006: em Croácia x Austrália, premiou Simunic com três cartões amarelos. No último, aos 45 minutos do 2º tempo, finalmente expulsou o croata. Mas já era tarde demais para a reputação de Poll.



Fonte: VIP