Os 10 filmes mais controversos de todos os tempos

Do assassinato de um ditador às piadas com Jesus Cristo, conheça os títulos mais polêmicos do cinema. Quem nunca quis assistir a um filme só porque ele causou algum tipo de polêmica? Se você, como nós, também adora um bafafá, confira esta lista com os 10 filmes mais controversos dentro e fora das telas:

A Entrevista (The Interview, Evan Goldberg e Seth Rogen, EUA, 2014)
Poucas comédias levantaram tanta polêmica quanto esta, e não é por menos: Seth Rogen e James Franco interpretam repórteres americanos cujo programa de TV tem um fã muito especial: Kim Jong-un, o atual líder norte-coreano. Quando a dupla consegue marcar uma entrevista com o ditador, a CIA intervém e exige que eles colaborem num plano secreto para matá-lo.

Fahrenheit 9/11 (Michael Moore, EUA, 2004)
O diretor documentarista Michael Moore é chegado numa controvérsia. Aqui, ele ridiculariza a imagem de George W. Bush e acusa seu governo de se apropriar da tragédia do 11 de setembro para impulsionar guerras em regiões estratégicas, como o Afeganistão e o Iraque.

Anticristo (Antichrist, Lars Von Trier, Dinamarca, 2009)
Outro diretor naturalmente polêmico é o dinamarquês Lars Von Trier. Seu “Anticristo”, provavelmente seu trabalho mais pesado, é ousado desde a cena inicial, quando mostra a morte de um bebê numa das sequências mais inesquecíveis do cinema contemporâneo. Em seguida, Trier mergulha no horror que passa a dominar o relacionamento dos pais a partir da tragédia.

A Última Tentação de Cristo (The Last Temptation of Christ, Martin Scorsese, EUA, 1988)
Todo filme que tenta retratar passagens da Bíblia – seja ele fiel ao livro ou não – está sujeito a reações exaltadas de algum grupo religioso. Neste caso, Scorsese abusou um pouco da sorte e retratou Jesus (Willem Dafoe) como um homem comum, que inclusive consuma o casamento com Maria Madalena. O filme, na verdade, é baseado no livro homônimo de Nikos Kazantzakis.

A Vida de Brian (Life of Brian, Terry Jones, Reino Unido, 1979)
Falando em filmes religiosos, “A Vida de Brian” é um clássico que não pode ficar de fora desta lista. Realizado pelo grupo de humor britânico Monty Python, o longa narra a vida não de Jesus, mas de Brian – o homem que nasceu na manjedoura ao lado e passou a vida toda sendo confundido com o messias.

O Último Tango em Paris (The Last Tango in Paris, Bernardo Bertolucci, França/Itália, 1972)
Famoso pelas cenas de nudez, o filme de Bertolucci pode ter exagerado numa cena em especial, em que Marlon Brando (então com 48 anos) estupra a personagem de Maria Schneider (19) de forma bastante grotesca. Apesar de o casal protagonista desenvolver um relacionamento ao longo do filme, esta sequência levantou questões sobre o respeito às mulheres no cinema – tanto diante quanto atrás das câmeras. Schneider não soube com antecedência que a filmaria e, anos depois, declarou que se sentiu humilhada tanto por Brando quanto por Bertolucci.

Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, Stanley Kubrick, EUA/Reino Unido, 1971)
Perturbador até para plateias contemporâneas, “Laranja Mecânica” foi acusado de estetizar a violência e, de fato, inspirou uma série de crimes na época de seu lançamento. Preocupado, o próprio diretor pediu que o longa fosse banido dos cinemas ingleses e o clássico só voltou a ser exibido por lá após sua morte, em 1999.

Lolita (Stanley Kubrick, EUA/Reino Unido, 1961)
Quem visitou a exposição dedicada a Stanley Kubrick no MIS em 2013 pôde ler de perto as cartas de repúdio à sua adaptação de “Lolita”. Se o livro de Vladimir Nabokov já era considerado obsceno, a simples escolha de levá-lo aos cinemas foi encarada como uma afronta pela Igreja. Não que Kubrick não tenha tentado amenizar o problema: sua protagonista é um pouco mais velha que a personagem do livro e toda a relação erótica entre ela e seu admirador é apenas sugerida. 

O Grande Ditador (The Great Dictator, Charles Chaplin, EUA, 1940)
Foi preciso muita ousadia para produzir um filme sobre a Segunda Guerra Mundial enquanto ela ainda acontecia. No clássico falado de Charles Chaplin, o ator/diretor se divide entre dois papéis: o do ditador Adenoid Hynkel (uma sátira óbvia de Hitler) e o de um barbeiro judeu, perseguido pelo regime. Mais do que uma comédia oportunista, o filme traz uma mensagem de defesa dos direitos humanos e do pacifismo.

O Nascimento de Uma Nação (The Birth of a Nation, D.W.Griffith, EUA, 1915) 
Avô dos filmes polêmicos, “O Nascimento de Uma Nação” é reconhecido tanto por sua qualidade cinematográfica quanto por sua visão de mundo (extremamente) racista. O longa é dividido em duas partes: na primeira, mostra a Guerra da Secessão e suas consequências sobre duas famílias opostas. Na segunda parte, Griffith se volta sobre o sul dominado pelos negros, e os retrata como pessoas pouco inteligentes e de comportamento animalesco. Para piorar, quem chega para salvar a pátria é ninguém menos que o grupo exterminador Ku Klux Klan.

Fonte: Guiadasemana por Juliana Varella redatora