Muitas pessoas
passam constantemente pela seguinte situação: dor de cabeça, sensação de náusea
e até vômitos e diarréia, reações típicas de um excesso de algo do qual nosso
corpo quer se livrar e nossa atitude diante do álcool é ambivalente: suportamos
uma ressaca porque apreciamos os efeitos que o álcool tem sobre nós.
Beber um drinque
depois de um dia difícil ou durante a refeição pode ser relaxante, e esta
quantidade não ultrapassa o limite suportável pelo organismo. A intoxicação
normalmente ocorre quando nos excedemos ou bebemos para nos livrar das
inibições.
O excesso de bebida
provoca a intolerância a uma substância química estranha e o nosso organismo
precisa reagir. Há então o desencadeamento de uma série de reações: a remoção
transformando-o primeiro em uma substância química que produz todos os sintomas
desagradáveis que apresentava, e depois em outra substância química que podemos
usar como fonte energética.
O álcool age então
de três maneiras:
1- Como uma bebida
agradável que nos provoca uma sensação de bem estar
2-Como uma toxina
quando está nos primeiros estágios de remoção
3-Como um nutriente
quando fornece energia ao nosso corpo.
Há bons motivos para
não se consumir álcool. Em relação à saúde os riscos são dependência, doenças,
obesidade e os problemas a ela relacionados, além dos problemas sociais
envolvidos.
Lembrando que o
álcool fornece 7 calorias por grama, perdendo apenas para as gorduras e óleos
que fornecem 9 calorias por grama.
No entanto, há
alguns motivos a favor do álcool, desde que com moderação: Ele reduz o estresse
mental (momentaneamente), e pode melhorar a longo prazo o risco de doenças
cardíacas, mas lembrando que a bebida só é benéfica se consumida COM MODERAÇÃO!
No caso específico
do vinho tinto, encontramos os polifenóis, que por sua propriedade antioxidante
ajuda a evitar a aterosclerose, mantêm os vasos sanguíneos relaxados e tem
efeito anticoagulante, reduzem a formação do LDL, chamado popularmente de “colesterol
ruim”.
Em geral os homens
toleram mais álcool do que as mulheres e a explicação está nas diferenças no
tamanho corporal e na capacidade de absorver o álcool do estômago para a
corrente sanguínea.
No cérebro e no
sistema nervoso central o álcool age como calmante. Ele reduz a atividade
cerebral e retarda as mensagens, de modo a levarem mais tempo para viajar por
meio das fibras nervosas. Em geral ficamos mais relaxados e reagimos de forma
mais lenta.
Dentro dos ouvidos
estão os órgãos que nos dão o senso de equilíbrio. O álcool muda a densidade do
tecido e do fluido, e com a alta ingestão perdemos o senso de equilíbrio, por
isso é comum pessoas andando tontas e cambaleando.
O álcool também age
como diurético, estimulando a perda de água na forma de urina. Parte do
desconforto de uma ressaca pode ser causada pela desidratação, sendo
recomendado tomar um copo de água depois de beber muito.
Todos estes efeitos
resultam de uma reação de intolerância ao álcool. O resultado é que não podemos
deixar de nos sentir doentes depois de beber em excesso, mas os efeitos
passarão após cerca de 12 horas, à medida que as funções do organismo voltam ao
normal. Mas se o excesso ocorrer frequentemente podemos ficar com a função
cerebral prejudicada e sofrer perda de memória, inflamação no estômago,
obesidade, vício, doenças hepáticas, doenças cardíacas entre outras.
Portanto, o consumo
moderado de álcool pode trazer benefícios, mas é preciso saber à hora
certa de parar. Então… um brinde à saúde!
Fonte: ANutricionista.Com
- Tatiane Trevilato de Brito - CRN3 26450 - Nutricionista em Ribeirão Preto.
Referências
Bibliográficas:
OLIVEIRA, Margareth
da Silva, LARANJEIRA, Ronaldo e JAEGER, Antônio. Estudo dos prejuízos
cognitivos na dependência do álcool. Psic., Saúde & Doenças, 2002, vol.3,
no.2, p.205-212.
EMSLEY, J. e FELL, P. Foi alguma coisa que você comeu?: Intolerância alimentar: causas e prevenções. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
EMSLEY, J. e FELL, P. Foi alguma coisa que você comeu?: Intolerância alimentar: causas e prevenções. Rio de Janeiro: Campus, 2001.