Para ser considerado um serial
killer, o assassino precisa ter matado duas ou mais pessoas com um intervalo de
tempo entre os crimes, seguindo o mesmo modus operandi e o mesmo ritual e
deixando sua assinatura.
Aqui estão alguns assassinos em série
listados não por sua brutalidade, mas sim por sua contagem de morte. Saiba um
pouco sobre essas mentes criminosas:
Javed Iqbal
Javed Iqbal nascido na
cidade de Lahore, em Punjab, Paquistão em 1956, foi um serial killer
paquistanês que foi considerado culpado de abuso sexual e assassinato de 100
crianças. Isto é contestado agora, porque 26 das crianças que ele alegou ter
matado foram encontrados vivos após a sua morte. O caso está oficialmente
encerrado, mas acreditasse que não bem investigado. Javed Iqbal era o quarto
filho de seis filhos de um empresário. Ele cursou o secundário. Começou seu
próprio negócio em 1978 quando ainda era um estudante intermediário no Colégio
Railway Road. Seu pai comprou duas casas em Shadbagh. Iqbal montou um negócio
de aço em uma das casas e viveu durante anos junto com os irmãos. Em dezembro
de 1999, Iqbal enviou uma carta à polícia e a um jornal de Lahore confessando o
local do assassinato de 100 meninos, com idades entre seis e 16. Na carta, ele
alegou ter estrangulado e esquartejado as vítimas (em maioria grande parte
imigrantes clandestinos e órfãos que viviam nas ruas de Lahore) e eliminava
seus corpos usando tonéis de ácido clorídrico. Ele então despejava os restos em
um rio local. Em sua casa, a polícia e os repórteres encontraram manchas de
sangue nas paredes e no chão e em uma corrente que Iqbal alegou ter usado para
estrangular suas vítimas, além de fotografias de muitas das suas vítimas em
sacos plásticos. Esses itens foram catalogados com etiquetas escritas à mão.
Dois latões de ácido com restos humanos também foram deixados em aberto para a
polícia encontrar. Iqbal confessou em sua carta que ele planejava se afogar no
rio Ravi seguindo seus crimes, mas fracassou ficando enrolado no rio por redes,
em seguida a polícia o capturou, naquela época, a maior caçada a um homem que o
Paquistão já tinha presenciado. Quatro cúmplices, adolescentes que compartilharam
o mesmo apartamento com Iqbal, foram presos em Sohawa. Dias depois um deles
morreu sob custódia da polícia, aparentemente por saltar de uma janela. Isso
ocorreu um mês antes de Iqbal entregar a carta na sede do jornal em língua urdu
Daily Jang em 30 de dezembro de 1999. Ele foi posteriormente preso. Ele afirmou
que havia entregado no jornal porque temia por sua vida e estava preocupado
porque a polícia iria matá-lo. Apesar de seu diário conter descrições
detalhadas dos assassinatos, e apesar dos artigos encontrados sua casa, Iqbal
alegou no tribunal que era inocente e que o caso todo foi uma farsa elaborada
para chamar a atenção para a situação das crianças de famílias pobres. Ele
alegou que suas declarações à polícia foram feitas sob ameaça. Mais de uma centena
de testemunhas testemunharam contra Iqbal e ele e seus cúmplices foram
considerados culpados. Iqbal foi condenado à morte por enforcamento, o juiz
comentou que ele queria ser executado da mesma maneira que suas vítimas. Esta
foi um direito que Iqbal que não foi concedido ao condenado. Na manhã do dia 8
de outubro de 2001, Iqbal e seu cúmplice Sajid Alves foram encontrados mortos
em sua cela na prisão Kot Lakhpat. Eles tinham, aparentemente, cometido
suicídio enforcando-se com lençóis, embora tenha havido especulações de que
eles foram assassinados. As autópsias revelaram que tinham sido espancados
antes de morrer. Iqbal é considerado o assassino em série com o maior número de
vítimas na história do Paquistão como nação independente.
Gilles De Rais
Rais lutava contra os
ingleses, servindo muitas vezes ao lado de Joana d’Arc. Um ano depois dela ser
queimada na fogueira, Rais se aposentou do serviço militar e retornou ao
castelo de sua família, em Machecoul.
Lá, Rais começou uma
campanha de assassinatos sádicos, matando entre 60 e 200 crianças. Ele preferia
meninos com idades entre 6 e 18 anos. Suas vítimas tinham geralmente olhos
azuis e cabelos loiros, e eram raptadas da vila de Machecoul e zonas
circundantes, ou atraídos para o seu castelo.
Rais tinha uma câmara
especialmente construída para manter suas vítimas. Além dos atos sexuais, ele
matava usando uma variedade de métodos que incluía decapitação, desmembramento
e estripação.
Sua primeira vítima foi
um mensageiro de 12 anos, enforcado pelo pescoço em um gancho de metal, e
estuprado antes de ser morto. Mais e mais crianças começaram a desaparecer e
uma suspeita surgiu. Infelizmente, os moradores tinham medo de ir contra um dos
homens mais poderosos da França.
Depois de alguma
dificuldade, um caso foi finalmente criado contra ele. Rais declarou em seu
julgamento que admirava as cabeças e partes de corpo de suas vítimas. Ele foi
preso em setembro de 1440, e indiciado por 34 acusações de assassinato.
Ele acabaria por
confessar os assassinatos sob a ameaça de tortura. Foi considerado culpado de
assassinato, sodomia e heresia. Foi enforcado e depois queimado em 16 de
outubro de 1440, juntamente com dois de seus servos.
Miyuki Ishikawa
Miyuki Ishikawa (1897 – data da
morte desconhecida) foi uma parteira japonesa e serial
killer que assassinou, pelo menos, 103 crianças recém-nascidas
durante a década de 1940. Dois policiais acidentalmente encontraram
os restos de cinco das vítimas de Ishikawa em 12 de janeiro de
1948. Autópsias realizadas nos corpos de cinco bebês provaram que eles não
haviam morrido de causas naturais. Ela alegou que os pais dos bebês eram
responsáveis por suas mortes Ela e o marido foram presos em 15 de janeiro de
1948. Ao investigar mais, a polícia encontrou mais de 40 cadáveres na casa de
um agente funerário. Trinta corpos foram mais tarde descobertos em um
templo. As autoridades julgaram os homicídios como crime de omissão.
O tribunal de
Tóquio a condenou à pena de quatro anos de prisão, sentença extremamente
leve, considerando que os assassinatos resultaram num um número de mortos que
permanece inigualável por qualquer outro serial killer do Japão. O
escritor Kenji Yamamoto referiu-se ao incidente como
“inacreditável e insuportável.”
Havia muitos bebês na
maternidade em que ela trabalhava. Os pais da maioria desses recém-nascidos
eram pobres e incapazes de criar seus filhos corretamente. Como ela também não
podia criar os bebês, “resolvia” o problema deixando de dar aos bebês os
cuidados necessários e as crianças morriam por causa dessa negligência.
Posteriormente, ela chegou ao cúmulo de pedir pagamento por esses
assassinatos. Ela e seu marido Takeshi solicitaram grandes somas de
dinheiro dos pais, alegando que seria menos do que a despesa real de criar
essas crianças não desejadas. O médico Shiro Nakayama também foi cúmplice
nesse esquema e ajudou o casal falsificando atestados de óbito.
Thug Behram
Um dos maiores assassinos
do mundo e da história respondia ao nome de Thug Behram (ou Buhram). Um indiano
que estrangulou 931 pessoas entre 1790 e 1830. Behram era seguidor do sikhismo
ou sijismo, uma religião hindu seguida por 23 milhões de pessoas no mundo que
se desenvolveu durante o conflito entre o islã e o hinduísmo e que combina o
monoteísmo muçulmano com tradição indiana. Ele preferencialmente assassinava
sua vítimas com o "rumal" um lenço cerimonial branco e amarelo. Outro
método de asfixia usada pelo indiano era o uso de um laço de seda com um peso
de chumbo pendurado nas pontas, parecido as boleadeiras dos gaúchos.
Normalmente, Behram não atuava só, senão que muitas vezes saía com seu séquito
de capangas, um bando entre 30 e 50 homens apelidados de os "Thugee",
uma liga de assassinos considerados como sendo a primeira rede de mafiosos do
mundo. Eles eram tão temidos pelas forças colonizadoras britânicas que hoje em
dia "thug" é sinônimo de delinqüente. Quando finalmente as forças
Britânicas capturaram o assassino na Índia, Thug proclamou com muito orgulho
suas matanças, ainda que não recordasse o número exato de assassinatos que
havia cometido pelas próprias mãos. Thug Behram é considerado o maior serial
killer não militar da história e dificilmente alguém tome dele este posto.
Behram é considerado o maior assassino de todos os tempos com o recorde de 931
assassinatos, mas de acordo com fontes da época, se evidencia que Behram realmente
fez declarações incongruentes sobre a quantidade de assassinatos que cometeu,
dizia que tinha estado presente em mais de 931 homicídios cometidos por sua
quadrilha de 25 a 50 homens, por outro lado admitia que pessoalmente
estrangulou em torno de 125 pessoas.
Darya Saltykova
Saltykova foi uma jovem
nobre de Moscou que se tornou conhecida por torturar e matar mais de 100 servos
(em sua maioria mulheres e garotas). Darya Saltykova casou-se jovem, teve dois
filhos e enviuvou aos 26 anos. Dessa forma, ela herdou não apenas muita terra,
mas um número considerável de servos. Tornando-se senhora de suas terras, Darya
recebeu da corte real russa o direito de torturar e matar seus servos sem que
nenhuma punição recaísse sobre seus ombros. No entanto, parentes das mulheres
mortas por ela levaram uma petição até a imperatriz Catarina II, que decidiu
julgar Saltykova publicamente pela sua iniciativa ilegal. A nobre foi presa em
1762 e assim ficou por seis anos, enquanto as investigações sobre o caso
corriam. A investigação contou no mínimo 138 mortes suspeitas. Ela foi
considerada culpada de ter matado 38 servas por batê-las e torturá-las até a
morte. Em 1768, Saltykova foi acorrentada a uma plataforma em Moscou por uma
hora com os seguintes dizeres em volta do pescoço: “Esta mulher torturou e
matou”. Muitas pessoas vieram vê-la durante a hora que ela ficou exposta.
Depois, Darya Saltykova foi encarcerada em um convento.
Harold Shipman
Harold Shipman, filho de
pais religiosos e graduado em medicina, se tornou um médico e um membro
respeitado em sua comunidade. No entanto, ele injetava seus pacientes – a
maioria idosos – com venenos.
Sua última vítima foi a
rica Kathleen Grundy, ex-prefeita de Hyde, Reino Unido, onde Shipman, conhecido
como “Doutor Morte”, vivia. A filha de Grundy ficou alarmada quando sua mãe não
deixou nada para seus filhos, mas deixou 386.000 libras esterlinas (mais de um
milhão de reais) para Shipman. A polícia usou isso como evidência e o Doutor
Morte foi preso. Ele cometeu suicídio na prisão, em 2004. Não o confunda com o
estadunidense Dr. Jack Kevorkian, defensor da eutanásia, também apelidado de
Dr. Morte.
Amelia Dyer
Amelia Dyer foi a pior
assassina de bebês da história. Ela “cuidava” de filhos ilegítimos por uma taxa
fixa. Dyer deixava as crianças morrerem por negligência e abusava quase que
imediatamente delas.
O assassinato mais famoso
foi, possivelmente, de Doris Marmon. Evelina Marmon deu à luz uma filha
ilegítima, que ela deu para Dyer. O bebê, Doris, foi trazido para a casa da
filha de Dyer, onde ela matou Doris amarrando seu pescoço em uma fita. Dyer foi
enforcada por apenas um assassinato, mas matou cerca de 200 crianças.
Elizabeth Bathory
Elizabeth Bathory foi uma
condessa no século 16 na Hungria, responsável pelo assassinato de 200 a 300
mulheres jovens, trazidas para seu castelo com a promessa de um trabalho de
serva bem remunerado.
Elas eram torturadas e
mortas. As atrocidades incluíam espancamentos; queima ou mutilação das mãos,
rostos e órgãos genitais; congelamento; mordidas na carne dos rostos e outras
partes do corpo; cirurgias; fome; estupro e abuso sexual.
Ela acabou condenada à
prisão domiciliar, onde morreu em 1614. Ela inspirou muitos mitos, o mais
difundido sendo o de que se banhava no sangue de suas vítimas para restaurar
sua aparência jovem.
Pedro Lopez
De longe, um dos
assassinos mais prolíficos de todos os tempos, o “Monstro dos Andes” massacrou
pessoas suficientes para encher uma pequena cidade.
Depois de matar cerca de
100 mulheres tribais no Peru na década de 1970, ele foi detido por forças
tribais que estavam prontas para executá-lo quando foram convencidas por um
missionário americano que estava hospedado com eles a levá-lo à polícia.
Infelizmente, a polícia
deixou Lopez ir, e ele viajou ao Equador, onde passou a matar cerca de 3 a 4
meninas por semana, alegando que no Equador elas eram “mais gentis e
confiantes, mais inocentes”.
Isso continuou até que
ele foi pego, em 1980, mas a polícia ainda não tinha certeza de sua culpa. Uma
enchente descobriu uma vala comum onde ele tinha escondido muitas de suas
vítimas, que levou à sua prisão. No entanto, o governo do Equador o liberou em
1998, por “bom comportamento”.
Luis Garavito
Luis Garavito não é tão
famoso quanto alguns de seus rivais, mas é o assassino mais prolífico de todos
os tempos. Nascido em 25 de janeiro de 1957, “La Bestia” é o mais velho de sete
irmãos. Sua infância foi governada por seu pai, mais tarde descrito como
fisicamente e emocionalmente abusivo. Além disso, durante seu julgamento,
Garavito disse ter sido abusado sexualmente quando era jovem, mas não disse por
quem.
Os detalhes que cercam
seus assassinatos maníacos são assustadores. Ele fazia as crianças acompanhá-lo
através de ofertas de dinheiro para trabalhos, doces ou drogas. Todas as crianças
eram amarradas, cruelmente torturadas, estupradas e acabavam mortas com a
garganta cortada. Muitas foram decapitadas completamente.
Garavito foi capturado em
22 de abril de 1999. Ele confessou ter assassinado 140 crianças. Ele levou com
precisão os investigadores da polícia aos túmulos de mais de 170 vítimas. Os
investigadores acreditam que Garavito é responsável por mais de 400 mortes
durante os anos antes de sua captura.
Ele está sob investigação
pelo assassinato de 172 crianças em mais de 59 municípios da Colômbia. Ele foi
considerado culpado em 138 dos 172 casos, os outros estão em andamento. As
sentenças para estes 138 casos somam 1.853 anos e 9 dias.
Devido às restrições de
direito colombiano, no entanto, ele não pode ser preso por mais de 30 anos.
Além disso, como ele ajudou as autoridades a encontrar os corpos, sua pena foi
reduzida para 22 anos. Garavito é considerado o pior assassino em série da
história, por ter o maior número de mortes.
Maníaco do Parque
Não podía deixar de
falar do Maníaco do Parque, que apesar de não ter matado centenas de pessoas,
chocou o Brasil como um serial killer brutal. Uma pesquisa do Ibope mostrou
esse é o caso policial mais lembrado pelos brasileiros, com um índice de 76%.
Francisco de Assis
Pereira, vulgo Maníaco do Parque, é um assassino em série brasileiro que
estuprou, torturou e matou pelo menos seis mulheres e atacou outras nove no ano
de 1998. O referido parque é o Parque do Estado, situado na região sul da
cidade de São Paulo.
A polícia descobriu
vários corpos, torturados, estrangulados, alguns nus, no parque. Francisco era
motoboy. Quando virou suspeito dos crimes, desapareceu.
Mais tarde, seu ex-chefe
percebeu que havia algo de errado com o vaso sanitário da empresa. Tentou
consertar duas vezes, mas não conseguiu. Quebrou o encanamento e descobriu um
bolo de papéis queimados, misturados aos restos de um churrasco feito no final
de semana anterior, no cano de saída da privada.
Entre as coisas que o
empresário recolheu do cano estava a carteira de identidade de Selma Ferreira
Queiroz, uma das vítimas, parcialmente queimada. Isso alertou seu ex-patrão,
que comunicou a polícia.
Quando capturado, o
Maníaco do Parque disse que convencê-las era muito simples. Bastava falar
aquilo que elas queriam ouvir. Francisco cobria as garotas de elogios, se
identificava como um caça-talentos de uma importante revista, oferecia um bom
cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico.
Elas aceitavam, e lá ele as estuprava e matava.
Ele mudou várias vezes o
número de mulheres que matou, mas chegou a ter dito 15. Preso, o motoboy
afirmou que havia sido abusado por uma tia materna, o que o fez desenvolver uma
“fixação por seios”. Já mais velho, teria sido assediado por um patrão,
passando então a ter relações homossexuais. Pereira disse ainda que teve uma
namorada gótica que quase arrancou seu pênis com a boca. Por causa desse
episódio, ele passou a sentir dor nas relações sexuais, fato confirmado por
suas vítimas que sobreviveram.
No total, foi sentenciado
a 271 anos de prisão. No entanto, de acordo com a lei brasileira, ninguém pode
ficar mais de 30 anos preso. No mês posterior à sua prisão, em 1998, o motoboy
recebeu mais de mil cartas de mulheres apaixonadas por ele, segundo Gilmar
Rodrigues, autor do livro “Loucas de Amor – mulheres que amam serial killers e
criminosos sexuais”.
Pereira chegou a ser dado
como morto numa rebelião de presos ocorrida em dezembro de 2000. Mas, após uma
série de desencontros, a direção da cadeia confirmou que o motoboy, jurado de
morte pelos outros presos, estava vivo.
Francisco diz que hoje é
um homem guiado pela palavra de Deus e se considera normal. Segundo ele, está
vivo em razão da fé e também pelo “elo de amizades” que construiu. O que fez no
passado não teria sido fruto de sua própria vontade e sim de “uma coisa maligna,
maldita”.
Fonte: Listverse,Hype
Science