CrossFit: o treino da Swat


Programa de treinamento usado pelas tropas de elite começa a fazer sucesso no Brasil. Veja como ele é. Assim que você chega ao amplo salão onde funciona a primeira franquia nacional da CrossFit Brasil, no bairro de Perdizes, em São Paulo, o professor Joel Fridman já vai avisando: “Regras da casa, atenção”. E começa a discorrer sobre o uso dos copos e do banheiro e o funcionamento das aulas. Uma coisa meio militar. Faz total sentido: seu programa de treinamento é usado em academias de polícia, grupos de operações táticas, como a Swat, e unidades especiais do exército americano, como os US Marines.

O princípio, como o nome CrossFit sugere, é misturar técnicas de treinamento eficientes de várias práticas esportivas. O programa, que faz sucesso em países como Estados Unidos e Canadá, chegou há pouco tempo por aqui. Há nas aulas movimentos de levantamento de peso olímpico e de luta, exercícios que só usam o peso do corpo, corrida, remada, corda etc. “Não trabalhamos músculos, como na musculação. Trabalhamos movimentos”, diz Joel. “O que importa na CrossFit é a intensidade deles.” Ou seja, em uma aula, prepare-se para chegar a sua exaustão. Uma das máximas do programa é: “Seu treino é o nosso aquecimento”.

Antes que você fique assustado, Joel advertiu: “Qualquer pessoa pode fazer CrossFit. Porque o que interessa aqui é o limite de cada um”. A aula comprova a tese: tinha um sujeito de uns 55 anos, um gordinho, uma garota bem magrinha, uma outra mais forte. Ela é composta sempre por três partes: o aquecimento, a técnica (que serve para corrigir os movimentos) e a parte principal, o WOD, da sigla workout of the day (exercício do dia) – e é aqui que o bicho pega. Os alunos mais avançados fazem ainda um pré-aquecimento. O treinamento nunca se repete. “São 365 treinos por ano”, diz Joel.
No salão, não há espelhos nem aparelhos de musculação. O clima é total vintage: apenas algumas argolas, cordas presas no teto e no chão, medicine balls (bolas com peso), kettlebells (aquelas bolas com uma alça) e barras. “A idéia é que os alunos reproduzam movimentos de seu cotidiano, como avançar, saltar, agachar. 
Com isso, a CrossFit promove a melhora geral de condicionamento físico, deixando o praticante com mais resistência, força, flexibilidade, velocidade, agilidade, equilíbrio e coordenação.”

Fonte: Revista Vip