O asteroide mortal que vem sendo chamado de Apophis - em homenagem ao demônio
egípcio da destruição e da escuridão - passou com segurança pela Terra no
dia 10/01/2013, a mais de 14,5 milhões de quilômetros do nosso planeta natal.
Mas na próxima passagem não teremos tanta sorte. No dia 13 de abril de 2029, o
Apophis vai passar tão perto que poderá destruir satélites em órbita.
O observatório Herschel, da Agência Espacial Europeia,
conseguiu novas imagens do asteroide e os novos dados são
conclusivos.
Primeiro, ele é muito maior do que estimava a NASA. De
acordo com as imagens, esta besta rochosa tem diâmetro de 325 metros, com uma
margem de erro de aproximadamente 15 metros. Segundo o líder da equipe de
pesquisas Thomas Müller, do Instituto de Física Extraterreste Max Planck em
Garching, na Alemanha, “o aumento de 20% no diâmetro, de 270 para 323m, se
traduz em um crescimento de 75% das nossas estimativas do volume e massa
do asteroide.”
Isso significa que se ele atingir a Terra, o poder de
destruição será muito mais do que os cientistas inicialmente esperavam. Baseada
em dados anteriores, a NASA estimava que um impacto de 510 megatons para o
Apophis. Isso é mais de duas vezes a energia liberada pela erupção do Krakatoa
em 1883, um evento que mudou o clima da Terra por cinco anos.
Por enquanto os cientistas ainda não divulgaram uma nova
estimativa, mas o aumento de 75% na massa pode aumentar o poder para algo perto
de 880 megatons – cerca de 17 Tsars, a maior bomba nuclear já criada.
A boa notícia (!) é que o Apophis ainda é pequeno o
suficiente para não matar todos nós, mas ele pode atrapalhar a vida no planeta
por algumas décadas. Em comparação, o asteroide Chicxulub liberou
cerca de 100.000.000 megatons quando iniciou o evento de extinção em massa que
supostamente acabou com os dinossauros.
A passagem de 2029
Em 2029 nós estaremos seguros da ameaça do Apophis também.
O asteroide não vai atingir a Terra, dizem astrônomos,
mas vai “passar a 36.000 quilômetros da superfície da Terra, mais perto até que
órbitas de satélites geoestacionários.”
Isso significa que, enquanto nosso pequeno planeta azul
seria poupado, nossa constelação altamente populosa de satélites pode sofrer
algumas consequências. Seria ruim se acontecesse, mas não tão ruim quanto à
estimativa inicial da NASA de 2,7% de possibilidade de impacto.
Ninguém sabe exatamente se uma colisão com satélite pode
acontecer. O espaço é enorme, mas existem muitos satélites por lá. Não é
loucura pensar que alguns deles possam ser destruídos enquanto assistimos
Apophis marchar na nossa noite estrelada.
A trajetória do Apophis em 2029
O que pode acontecer em 2036
Cientistas não
podem dizer o que vai acontecer na passagem seguinte, em 2036. De acordo com
análises recentes, existe uma chance de 1 em 250.000 de impacto. É extremamente
baixa, mas ainda assim maior do que a possibilidade de ser atingido por um
raio.
Acompanhamento
10.jan.2013 - O observatório Herschel, da Agência Espacial Europeia
(ESA, na sigla em inglês), captou o asteroide Apophis durante a aproximação com
a Terra - as imagens coloridas distinguem os registros feitos em três
comprimentos de ondas. Os astrônomos estão acompanhando a sua trajetória, pois
há um pequeno risco de o Apophis colidir com a Terra em 2036
Os astrônomos
seguiram o asteroide Apophis conforme ele fez um sobrevoo distante da Terra a
uma distância de cerca de 15 milhões de quilômetros na última quinta-feira, 10
“As chances de
impacto como estão agora são menos de uma em um milhão, o que nos deixa
confortáveis em dizer que podemos efetivamente descartar um impacto com a Terra
em 2036, disse Don Yeomans, gerente do escritório de Objetos Próximos a Terra
da NASA”.
“O nosso interesse
no asteroide Apophis será essencialmente científico”, disse Yeomans.
E o estudo de objetos próximos a Terra está mais badalado do nunca. O escritório de Yeomans estará ocupado muito mais cedo que 2029: uma aproximação de asteroide é esperada para mês que vem.
E o estudo de objetos próximos a Terra está mais badalado do nunca. O escritório de Yeomans estará ocupado muito mais cedo que 2029: uma aproximação de asteroide é esperada para mês que vem.
“Uma maior
aproximação de um asteroide menos conhecido vai ocorrer no meio do próximo mês,
quando um asteroide de 40 metros de tamanho, 2012 DA14, voará pela superfície
da Terra de forma segura a cerca de 27.680 quilômetros”, disse Yeomans. “Com
novos telescópios, a atualização de telescópios existentes e o aprimoramento
contínuo do nosso processo de determinação orbital, nunca há um momento de
tédio trabalhando em objetos próximos da Terra”.
Astrônomos da NASA
usam regularmente telescópios na Terra e no espaço para procurar por quaisquer
asteroides que possam representar uma ameaça de impacto para a Terra.
Agências se
preparam para desviar asteroide em rota de colisão com a Terra
A comunidade científica da Agência Especial Europeia anunciou
que trabalha em uma missão de "ensaio" para testar a possibilidade de
se alterar o curso de um asteroide no espaço. Porém, não há motivos para
pânico. Não há indícios de nenhum cometa em rota de colisão mortal com o nosso
planeta.
Diferente da obra hollywoodiana de Michael Bay, a missão real para evitar um possível "Armagedom" do futuro vai se chamar Don Quixote e vai ser composta de dois satélites especiais. Um deles vai ser responsável por se chocar com o asteroide em alta velocidade, o outro ficará na retaguarda analisando os efeitos, além de confirmar se o curso do asteroide mudou ou não.
A Agencia Espacial Europeia planeja fazer o lançamento dos dois satélites em 2015.
Diferente da obra hollywoodiana de Michael Bay, a missão real para evitar um possível "Armagedom" do futuro vai se chamar Don Quixote e vai ser composta de dois satélites especiais. Um deles vai ser responsável por se chocar com o asteroide em alta velocidade, o outro ficará na retaguarda analisando os efeitos, além de confirmar se o curso do asteroide mudou ou não.
A Agencia Espacial Europeia planeja fazer o lançamento dos dois satélites em 2015.
IMPACTO DE UM ASTEROIDE (SIMULAÇÃO)
Fonte: Gizmodo, 21
de dezembro de 2012, LiveScience,
Space, USAToday, Insonia