Ataques de Pit Bulls são frequentemente anunciados pela
mídia, ocorrem com crianças, adultos ou idosos.Apesar disso são considerados
bons animais de estimação, mas precisam ser tratados com cuidados. Algumas raças
de Pit Bull apresentam um comportamento mais agressivo do que outras, e os
donos precisam tomar certas precauções na hora de levar para um passeio: a guia
deve ser curta, o cão deve usar a focinheira, enforcador ou coleira resistente,
e a pessoa que conduz precisa ter força física suficiente para conter o animal
no caso de euforia.
Em Nova York, no dia 13 de março, dois Pit Bulls atacaram um
adolescente e três mulheres durante um período de 30 minutos. Agora a polícia
de Nassau Contry, NY, procura pelos cães agressores e seus donos porta a porta.
"Um literalmente foi em direção a minha perna e o outro
estava tentando pular em cima de mim, mas eu estava batendo neles, e tentando
puxá-los" relatou Janelle Manning, 24 anos ao canal CBS. Por causa dos
ferimentos em sua perna, Janelle luta para subir e descer escadas. "Estes
cães são treinados para matar, ferir atacar violentamente as pessoas",
disse ela.
Alguns estudos indicam evidências que confirmam o
comportamento agressivo dos Pit Bulls, como a revisão feita no Hospital
Infantil da Filadélfia, onde foram avaliadas as lesões que ocorreram por
mordidas de cães no período de cinco anos. Os relatórios informaram que 51% dos
ataques eram de Pit Bulls, 9% eram de Rottweilers e 6% eram de animais com
raças misturadas. Os números indicam claramente que a maioria dos ataques que
geram lesões é causado por duas raças: Pit Bulls e Rottweilers.
Em 2009, uma pesquisa de 15 anos sobre ataques de cães foi
publicada noJornal Americano de Medicina Legal e Patologia e revelou que os Pit
Bulls, Rottweilers e Pastores Alemães foram os responsáveis pela maioria dos
ataques fatais de cães no estado de Kentucky, na região sudeste dos EUA.
Leis
Alguns estados e cidades apresentam leis de segurança para
determinadas raças de cães. No estado de Maryland, EUA, por exemplo, a justiça
determinou que Pit Bulls são "inerentemente perigosos" e todos os
proprietários são responsáveis por quaisquer danos que eles causem.
No Brasil, um projeto de lei foi criado em 1999, que previa
a proibição da reprodução e a importação de cães das raças Pit Bull e
Rottweiler. A lei apresentava cinco artigos, e afirmava que nenhum cão dessas
raças puro ou mestiço, poderia se reproduzir em território nacional. A lei nº
121/99 chegou a entrar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em
2012, mas não foi votada.
Perfil dos donos
Um estudo realizado em 2006, pelo Journal of Interpersonal
Violence revelou que os proprietários de cães ferozes eram significativamente
mais propensos a ter condenações judiciais por crimes agressivos, drogas,
álcool, violência doméstica, crimes envolvendo crianças e armas de fogo.
Um relatório de 2009, publicado no Journal of Forensic
Sciences relatou: "Os proprietários de cães apresentaram comportamentos
viciosos significativamente mais criminosos do que outros donos de
cachorros".
Em 2011 o mesmo veículo, Journal of Forensic Sciences,
constatou que "os donos de cães ferozes foram presos, envolvidos em brigas
e não usavam maconha mais do que outros donos de cachorros".
Apesar dessas pesquisas indicando comportamentos agressivos
tanto dos cães como dos donos, existem as exceções.
Os Pit Bulls são relacionados por três raças diferentes: o
American Pit Bull Terrier, o American Staffordshire Terrier e o Staffordshire
Bull Terrier.
Todos criados originalmente para serem "cães de caça” e
atacar animais de grande porte como o javali e pastorear o gado. Os Pit Bulls
são raças inteligentes, e podem ser domados e treinados, segundo Shirley
Atalla, juíza e presidente do Kennel Clube São Paulo, e revela: quem faz o cão
é o dono. “Tem proprietário que acha bonito o cão avançar e atacar as pessoas.
São eles, e não seus cães, o real perigo”.
Fonte: Portal Ciência