Em um ano repleto de grandes jogos, é você quem vai definir qual foi o maior de todos os lançamentos! Os últimos meses nos mostraram que 2013 foi um ano bem atípico para os jogadores, que precisaram se virar para conseguir dinheiro e acompanhar a grande quantidade de ótimos lançamentos. Embaladas pelo fim da atual geração e a chegada do PlayStation 4 e Xbox One, as empresas apostaram todas as suas fichas em títulos de peso e mostraram que ainda são capazes de nos surpreender.
E não é preciso ir muito longe para perceber isso. Basta olhar para o próprio Baixaki Jogos e lembrar que bastaram apenas três meses para que duas notas máximas surgissem em nossas análises. O último jogo a levar um 100 foi há mais de dois anos, o que mostra que o nível de qualidade subiu drasticamente em pouquíssimo tempo.
O problema disso é que se torna praticamente impossível acompanhar todos esses lançamentos. Por mais que você seja o tipo de louco que corre para as lojas tão logo um grande game chegue às prateleiras, falta tempo e dinheiro para aproveitar todos da mesma maneira.
É por isso que esse período de marasmo entre junho e setembro é tão bem-vindo. Como é nessa época que as grandes feiras acontecem, a quantidade de lançamentos diminui um pouco e nos permite olhar para trás e experimentar aquele jogo que acabou sendo deixado de lado. E, em 2013, não foram poucos.
Para facilitar sua vida, fizemos um apanhado de quais títulos são esses, o que deve ajudar na hora de priorizar sua agenda. A partir dos jogos que tiveram nota maior que 90 em nossas análises, filtramos quais games você deve procurar para aproveitar tudo aquilo que este ano trouxe de melhor.
BioShock Infinite
O primeiro jogo nota máxima em 2013 e o único a alcançar essa façanha nos últimos três anos é quase uma unanimidade quando o assunto é excelência. O novo capítulo da série idealizada por Ken Levine conquistou a todos com sua narrativa envolvente e sua ambientação incrível. Se as expectativas quanto a seu lançamento estavam altíssimas, o resultado entregue pela 2K foi além e deixou todo mundo de queixo caído.
“Em resumo, BioShock Infinite é uma das experiências que vão definir a atual geração de consoles, provando que limitações de hardware não são nenhum obstáculo para um time de criação competente.”
Felipe Gugelmin
The Last of Us
Durante a conferência da Sony na E3, o presidente da empresa, Jack Tretton, foi taxativo ao descrever The Last of Us como um forte candidato a jogo do ano. E ele não poderia estar mais certo. A jornada de Joel e Ellie em um mundo pós-apocalíptico é uma aventura imersiva, densa e envolvente como há tempos não víamos em um console. A narrativa é tão bem construída que é impossível você não se afeiçoar a cada um dos personagens.
“Não existe jogo perfeito e impecável, mas The Last of Us é a prova de que as desenvolvedoras de jogos conseguem se aproximar muito disso. Todas as poucas falhas do game são compensadas por momentos impressionantes, visuais estonteantes ou uma história envolvente.”
Felipe Demartini
Tomb Raider
O retorno de Lara Croft não poderia ser mais feliz. Depois de passar alguns anos sofrendo com jogos meia-boca, a musa renasceu nos video games e mostrou às novas gerações o porquê de ela ter se tornado um ícone da indústria. Mesmo caindo de penhascos e lutando contra os mais diferentes tipos de inimigos, a heroína provou que sua fama não veio à toa.
“O ritmo da aventura segue de forma consistente, introduzindo os elementos no momento certo. As batalhas ficam mais frenéticas com a evolução de Lara, que passa de uma simples jovem indefesa para uma quase assassina brutal que executa os inimigos com requintes de crueldade.”
Vinícius Karasinski
Ni no Kuni: Wrath of the White Witch
Em meio a tantos jogos pesados e com temáticas adultas, uma das maiores surpresas do ano veio na forma de uma jornada de um pequeno garoto para tentar salvar sua mãe. Resgatando a jogabilidade clássica dos RPGs, com um toque de renovação, o jogo é uma aventura singela e tocante que vai resgatar sua criança interior e mostrar que evoluir é muito mais do que simplesmente passar de nível — algo que os Estúdios Ghibli sabem fazer como ninguém.
“Com dezenas de horas de duração, personagens envolventes e gráficos absurdamente bonitos, este é um daqueles raros jogos que parecem não ter defeito algum e capazes de agradar até mesmo àqueles que são alheios ao gênero que pertencem.”
Cássio Barbosa
Company of Heroes 2
Mesmo com toda a novela envolvendo o fechamento da THQ, a Relic conseguiu fazer com que Company of Heroes 2 passasse por cima de todos os problemas e trouxesse um dos melhores RTS de 2013. Publicado pela SEGA, o game recriou muito bem a sensação de estar no meio de uma guerra ao deixar claro que nenhuma batalha se vence apenas dando tiro, mas com muito pensamento estratégico.
“Aprimorando quase todos os pontos vistos em seu antecessor, o game oferece uma experiência envolvente que deixa aquela sensação de ‘quero mais’ mesmo após você passar horas em frente ao computador.”
Felipe Gugelmin
Fire Emblem: Awakening
A série Fire Emblem sempre se destacou como um dos melhores RPGs da Nintendo, sobretudo nos portáteis. E Awakening elevou o nível de qualidade da franquia a outro patamar, trazendo dezenas de possibilidades táticas e com uma jogabilidade capaz de agradar tanto aos fãs mais hardcore quanto ao público que está tendo seu primeiro contato com o gênero.
“Com uma história rica repleta de personagens com quem é possível se importar e um sistema de batalha incrivelmente complexo ao mesmo tempo em que é acessível, Fire Emblem: Awakening é um RPG tático extremamente divertido e um dos melhores títulos que qualquer dono de um Nintendo 3DS pode carregar.”
Cássio Barbosa
Guacamelee!
Um luchador que se transforma em galo de briga precisa enfrentar os mais diferentes estereótipos mexicanos para salvar sua namorada que foi sequestrada por um mariachi do mal. Precisa dizer mais por que Guacamelee! foi um dos títulos mais divertidos deste ano?
“Com um estilo de arte incrível, além de um roteiro divertido e interessante, o game é uma ótima pedida para quem deseja um jogo descompromissado e desafiador.”
Cássio Barbosa
DmC: Devil May Cry
Apesar de toda a revolta dos fãs, DmC: Devil May Cry silenciou todas as críticas às mudanças feitas pela Ninja Theory. O jogo não só conseguiu atualizar muito bem a história de Dante e Vergil como ainda elevou o gênero Hack ‘n’ Slash a um novo nível, criando uma jogabilidade extremamente dinâmica e ágil e que deve virar referência de agora em diante.
“Mantendo a essência daquilo que a Capcom fez há uma década, a Ninja Theory mostrou que tudo aquilo que tanto amamos na saga do Dante de cabelos brancos ainda está presente, mas de uma maneira mais refinada e ainda mais divertida. Não há por que temer, pois há mudanças que vêm para o bem.”
Durval Ramos
Gears of War: Judgment
Esqueça Marcus Fenix. Em Judgment, voltamos aos primórdios da guerra entre humanos e Locusts para conhecer um pouco mais daquele mundo. A partir das memórias dos membros do Kilo Squad, a People Can Fly aprofunda muito bem a relação entre os personagens e cria uma nova dimensão dentro do universo que pensávamos que conhecíamos tão bem.
“A produtora conseguiu não só entregar um excelente jogo, mas também deixou aquele universo muito mais rico e ainda renovou muito outros elementos da mecânica e da própria narrativa. No fim das contas, Judgment mostra que reinvenção e ousadia andam lado a lado e, por mais arriscado que tenha sido abandonar a figura de Marcus Fenix, ir além do personagem abre as portas para novas histórias e um novo futuro para COG — e para toda a série.”
Durval Ramos
The Swapper
Apesar de 2013 ter sido um ano de grandes blockbusters, as principais surpresas do ano surgiram do cenário independente. É o caso de The Swapper, um jogo que chama a atenção exatamente por sua jogabilidade única. Afinal, quem já imaginou resolver puzzles usando uma arma que dispara clones? Com uma excelente nota 90, o jogo é a prova de que boas ideias são melhores do que o apoio de uma grande desenvolvedora.
“Enquanto a dificuldade dos últimos desafios chega a ser bastante alta, a progressão dos níveis se dá de maneira bastante natural e intuitiva. Deste modo, quando estes últimos quebra-cabeças são apresentados, mesmo longe de uma resposta, a sensação de que a solução é impossível não chega a ocorrer. Em compensação, quando a resposta finalmente vem à mente, a satisfação é sempre recompensadora.”
Cássio Barbosa
Metro: Last Light
Os sobreviventes da THQ fizeram bonito neste começo de ano. Além de Company of Heroes 2, Metro: Last Light foi outro remanescente que conquistou o público e a crítica, principalmente por conta de sua ambientação bastante densa e complexa. Dando continuidade ao também excelente Metro 2033, voltamos ao mundo pós-apocalíptico e vemos que o pior da humanidade é o próprio ser humano.
“O maior trunfo de Metro: Last Light não é a sua agradável e competente jogabilidade, mas sim o universo criado em Metro 2033 e, agora, expandido no novo game. Não são apenas os cenários devastados que chamam atenção, mas sim toda a construção das cidades subterrâneas e a maneira como os personagens “vivem” nelas.”
André “Oda” Luiz
Luigi’s Mansion: Dark Moon
O retorno de Luigi às mansões mal-assombradas não poderia ser mais prazeroso. Com uma história simples e muito bem-humorada, o jogo se destaca no chamado “Ano do Luigi” como uma das melhores novidades da Nintendo em 2013. O modo multiplayer também é uma excelente adição, fazendo com que a perseguição a fantasmas possa ser compartilhada com seus amigos de maneira espetacular.
“Em Dark Moon, Luigi prova mais uma vez que é um excelente protagonista e ainda traz uma das aventuras mais divertidas do portátil. Repleto de bom humor e desafios inteligentes, o novo Luigi’s Mansion é tudo aquilo que os fãs do irmão covarde esperavam ver desde o game original lançado no GameCube.”
Durval Ramos
Far Cry 3: Blood Dragon
Uma verdadeira homenagem aos clássicos filmes de brucutus dos anos 80, Blood Dragon abraça a galhofa e traz todos os clichês que marcaram os filmes da época apresentando vários exageros de maneira incrivelmente divertida e ampliando o já incrível mundo de Far Cry 3 a um novo nível: o nível da zoeira.
“Ao mesmo tempo, a liberdade que Blood Dragon tem para tirar sarro de clichês da época, dos video games e de si mesmo torna a experiência ainda mais interessante. Assim, tanto aqueles que se divertiram com Far Cry 3 como aqueles que não conheceram a definição de insanidade de Vaas podem encontrar um grande jogo em Blood Dragon.”
Cássio Barbosa
Battleblock Theater
Outra surpresa independente que apareceu em 2013. O jogo chama a atenção por sua proposta desafiadora e o alto nível de diversão que isso oferece. Misturando uma proposta diferente com um estilo visual único e uma jogabilidade desafiadora, ele é a típica diversão descompromissada que vale cada centavo.
“Esse é o tipo de jogo que faz com que você fique triste pela exclusividade. Afinal de contas, seria perfeito levar BattleBlock Theater para todos os lugares no celular ou em um console portátil. Ponto para o Xbox, que ganha mais um game de sucesso para ampliar com qualidade seu portfólio de independentes.”
Felipe Demartini
Skulls of the Shogun
Esqueça o estereótipo de que jogos de estratégia precisam ser sérios. Skulls of the Shogun é um jogo que traz muito bom humor às partidas por turnos e inova criando mecânicas diferenciadas e adaptadas para o controle do Xbox 360. Até mesmo quem não é fã do gênero pode se divertir com as infinitas possibilidades oferecidas.
“Skulls of the Shogun é um grande game que merece ser aproveitado em qualquer plataforma que você tiver disponível. Mesmo se você não for um grande fã de estratégia, dê uma chance para esse jogo e não se arrependa”
Cássio Barbosa
Menções honrosas
Isso não significa que esses foram os únicos ótimos jogos que apareceram em 2013. Nos últimos meses, tivemos dezenas de outros grandes games que pintaram nas mais diferentes plataformas. E, para tornar as coisas mais justas, decidimos listá-los para que você relembre alguns deles.
Novamente, fizemos um filtro para facilitar a vida de todo mundo. Abaixo, você encontra os games que conseguiram nota acima de 80 e, portanto, classificados como “Ótimo”. Além disso, entraram também os DLCs e relançamentos.
- Sid Meier’s Civilization V: Brave New World – 95
- Trials Evolution: Gold Edition – 95
- Persona 4 Golden – 93
- Resident Evil: Revelations HD – 92
- Battlefield 3: Aftermath – 91
- Need for Speed: Most Wanted – 90
- Donkey Kong Country Returns – 90
- Dishonored: The Knife of Dunwall – 90
- Animal Crossing: New Leaf – 88
- Crysis 3 – 87
- GRID 2 – 87
- Metal Gear Rising: Revengeance – 85
- New Super Luigi U – 85
- Injustice: Gods Among Us – 85
- Call of Juarez: Gunslinger – 85
- State of Decay – 85
- Papo & Yo – 85
- LEGO City Undercover – 85
- LEGO City Undercover: The Chase Begins – 85
- Rogue Legacy – 85
- Mass Effect 3: Citadel – 85
- The Walking Dead: 400 Days – 85
- Dead Space 3 – 85
- Etrian Odyssey IV: Legends of the Titan – 85
- Dragon’s Dogma: Dark Arisen – 85
- Monster Hunter 3 Ultimate – 85
- Brain Age: Concentration Training – 85
- StarCraft II: Heart of the Swarm – 85
- Anomaly 2 – 85
- Cloudberry Kingdom – 80
- Project X Zone – 80
- Dungeons & Dragons: Chronicles of Mystara – 80
- Call of Duty: Black Ops II – Uprising – 80
- Metal Gear Rising: Revengeance – 80
- Pandora’s Tower – 80
- Don’t Starve – 80
- Soul Sacrifice – 80
- Assassin’s Creed 3: The Tyranny of King Washington – 80
- DmC: Devil May Cry – Vergil’s Downfall – 80
- Army of Two: The Devil’s Cartel – 80
- God of War: Ascension – 80
- Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Storm 3 – 80
- Castlevania: Lords of Shadow – Mirror of Fate – 80
- imCity – 80
- Sly Cooper: Thieves in Time – 80
- Chivalry: Medieval Warfare – 80
Você decide
Diante de tudo isso, jogamos o desafio para vocês. Afinal, qual foi o melhor jogo de 2013 até agora? Sabemos que o ano ainda nos reserva grandes novidades, mas não podemos desmerecer a qualidade daqueles que já estão disponíveis em nossos consoles. Portanto, ouça seu coração e dê seu apoio a esse título.
Foto de capa: Reprodução/Adventure Time Wikia)