Aqui, só entram aparelhos que ultrapassam telas de 6",
não cabem no bolso e chamam toda a atenção. Existe um tamanho máximo para
um telefone celular? Há quem ache desconfortável mexer na tela de aparelhos
grandes com apenas uma das mãos ou constrangedor levantar essas verdadeiras
“placas” de plástico ou metal na hora de tirar uma foto. Ainda assim,
dispositivos com displays de 6” ou mais estão no mercado há alguns anos e não parecem
dispostos a sair.
Mas quem são esses gigantes – e será que realmente compensa
ter um desses modelos? Abaixo, você conhece exemplos dos maiores smartphones em
catálogo ou recém-apresentados que chegam a serem maiores que as mãos do
usuário, além de um bônus com os legítimos “tijolões”.
Na lista, estão tablets com funções de ligação e envio de
SMS; os phablets, que são os aparelhos intermediários nessa classificação; e
smartphones que parece que tomaram bomba ou hormônios de crescimento.
CoolPad Great God/Halo
(Fonte da imagem: Divulgação/CoolPad)
Quer um nome mais apropriado para esse aparelho de 7” (sim,
você leu direito!) lançado na China e na Índia? Chamado de Halo no Ocidente, o
Great God é uma das novidades de uma das fabricantes mais populares do outro
lado do mundo.
A traseira do Great God e uma ideia do tamanho da criança.
(Fonte da imagem: Reprodução/Ipad521)
O aparelho não é exatamente potente (2 GB de RAM, chip de
1,7 GHz e 4.000 mAh de bateria), especialmente por conta do tamanho do gadget,
mas a câmera de 13 MP e a resolução de tela de 1200×1920 parecem compensar.
Cube Talk 69
(Fonte da imagem: Reprodução/MTKSJ)
O concorrente do Great God tem um nome menos impactante,
Cube Talk 69, mas dimensões e especificações monstruosas. O aparelho octa-core
de 2 GHz leva ainda uma tela de 6,95" Full HD, câmera de 13 MP e 2 GB de
RAM, mas o que impressiona mesmo é o preço extremamente convidativo: US$ 247
(cerca de R$ 582) no mercado chinês.
Hisense X1
A chinesa Hisense é outra que acredita no mercado “tamanho
família” – e o produto apresentado durante a CES 2014 é uma prova disso. Com um display
Full HD de 6,8”, esse gigante conta com especificações de alto nível (chip
Snapdragon 800, 16 GB de memória e internet 4G), mas a fabricante jura que ele
é “intermediário”.
(Fonte da imagem: Reprodução/India Today)
O lançamento ocorre primeiro no mercado local, mas ele deve
chegar aos EUA no segundo semestre de 2014 sob o nome Silver, sem bloqueio de
chip ou planos de operadoras.
SmartNaMo Saffron Two
Esse phablet indiano de tela IPS com 6,5” tem uma história
mais curiosa que o gadget em si. A fabricante surgiu praticamente do nada há um
ano prometendo aparelhos com configurações e preços razoáveis – e conseguindo.
Aí veio o dispositivo de nome NaMo, assim batizado porque os criadores são fãs
de Narendra Modi, ministro de um dos estados do país.
(Fonte da imagem: Divulgação/SnapDeal)
Deixando as posições políticas de lado, parece que o phablet
faz sucesso por lá: os modelos nas cores branca e preta estão esgotados em uma
das lojas especializadas. O aparelho é dual-SIM, tem chip quad-core de 1,5 GHz
e vem com Android 4.2 Jelly Bean.
Sony Xperia Z Ultra
A Sony foi uma das gigantes que se aventurou recentemente no
mercado de phablets ainda maiores que o convencional. Estamos falando do Xperia Z Ultra, com tela de 6,4". E é só ver o peso
(212 g) e a espessura (0,6 cm) do aparelho para notar que ele não está para
brincadeira: o gadget é um dos mais competentes da categoria, com um hardware
de fazer inveja.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
No Brasil, ele conta com ainda mais funções próprias, como sinal de TV digital.
Outras qualidades incluem a tecnologia Triluminos para exibir cores mais vivas
na tela, possibilidade de filmar embaixo d'água e uso de lápis e canetas comuns
para o controle do touchscreen.
Galaxy Mega
O nome já entrega tudo: trata-se de um smartphone monstro
lançado para ampliar a linha Galaxy da Samsung com um aparelho que não é
phablet ou tablet, mas tem as dimensões de um. A espessura (0,8 cm) e o pouco
peso (200 g) tentam compensar a tela de 6,3”, mas não é fácil segurá-lo com uma
só mão.
(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)
O preço (US$ 525 lá fora e R$ 1.999 no Brasil) e o lançamento conjunto com o queridinho Galaxy S4
acabaram com o mercado do Mega. Para piorar, as configurações eram bastante
modestas, como uma tela LED sem Full HD, processador dual-core de 1,7 GHz e só
4,7 GB de memória restante para uso.
Huawei Ascend Mate
Phablets e smartphones com tela de 6” existem aos montes
(Lumia 1520, LG G Flex e Lenovo S930, por exemplo), mas a Huawei resolveu ser
diferente: os dispositivos Ascend Mate 1 e 2 contam com um display de 6,1”. O
primeiro foi revelado no ano passado, enquanto a evolução foi
mostrada durante a CES 2014.
(Fonte da imagem: Divulgação/Huawei)
A fabricante não mediu esforços para deixar esse gigante
confortável: ele pesa 198 gramas, tem medidas de 16,3 x 8,5 x 0,99 cm e uma
interface que pode ser personalizada para quem gosta de usar o aparelho com uma
das mãos, mas não alcança todos os ícones na tela. Porém, o grande destaque é a
bateria de 4.050 mAh: são prometidas 48 horas de "uso normal" e
a possibilidade de usá-la para carregar outro gadget.
Menções honrosas
DynaTAC 8000X
(Fonte da imagem: Reprodução/El Diario)
A Motorola é hoje conhecida como uma fabricante versátil,
capaz de lançar aparelhos mais elaborados e potentes, como o Moto X, mas também dispositivos pequenos ou baratos, como o Droid Mini. Em 1983, entretanto, não havia alternativa.
O aparelho sendo usado por Martin Cooper, o "pai do
celular". (Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)
O “tijolão” da foto é o DynaTAC 8000X (sigla para Dynamic
Adaptive Total Area Coverage), o primeiro telefone celular a ser aprovado pelo
órgão regulatório FCC e vendido comercialmente. Ele pesava 793 g, media 13 x
1,7 x 3,5 cm e tinha um pequeno display de LED para mostrar o número digitado.
A bateria durava uma hora de conversa ou oito em espera. Os US$ 3.995 cobrados
eram uma fortuna mesmo naquela época para um eletrônico – e ainda havia o preço
por chamada e minuto de conversa.
Nokia Mobira Cityman 1320
(Fonte da imagem: Reprodução/Nokia Conversations)
Você acha alguns Lumia grandes demais para serem carregados?
Antes de reclamar, pense na dificuldade enfrentada pelos donos do Mobira
Cityman, lançado em 1987. Com um design bem "anos 80" e destinado aos
executivos modernos (daquela época), o aparelho foi o resultado da compra da
fábrica Salora Oy pelos finlandeses, renomeando o setor de telecomunicações
para Nokia-Mobira Oy por algum tempo.
Gorbachev usando o "Gorba". (Fonte da imagem: Reprodução?Otsokivekas.com)
Em 1989, o chefe de estado da União Soviética, Mikhail
Gorbachev, recebeu um Mobira Cityman 1320 para atender a uma chamada de Moscou
para Helsinque – uma jogada de marketing da Nokia para popularizar o aparelho,
que até ganhou o apelido de “Gorba”. O peso? Cerca de 800 g, com a bateria
inclusa.