Desde pequenos somos direcionados e ensinados a acreditar
que existem coisas que são de meninos e coisas que são de meninas. Apesar de
ainda ser um dos aspectos mais banais da nossa sociedade sexista e
preconceituosa, esta cultura da divisão dos gêneros vem caindo aos poucos,
afinal, o que tem de errado em uma mulher gostar de futebol e um homem gostar de cozinhar?
E para provar que essas definições e padrões são tolos, aqui
vão 7 coisas que eram consideradas masculinas, mas que, com o tempo,
tornaram-se femininas.
1. Bolsas
Antes dos bolsos nas calças ou das mochilas, os homens, assim como os antigos
escoceses, utilizavam bolsas para carregar os mais variados objetos dos quais
fossem precisar. Entretanto, tem-se que ressaltar que já há no mercado bolsas
masculinas conhecidas como “murses”, ainda pouco usadas, pois o fato de um
homem sair por aí com uma bolsa ainda não é encarado com naturalidade pela
sociedade.
2. Maquiagem
Em assunto de maquiagem, os egípcios antigos eram mestres:
eles já a usavam para se proteger dos
fortes raios solares do deserto; os faraós, como Tutancâmon, delineavam os
olhos com grossas linhas negras para demonstrar que também eram deuses na
terra, em referência ao olho de Rá.
Na Europa do século XVIII, os homens utilizavam tanta
maquiagem que facilmente se rivalizavam com as mulheres. Ter uma pele
extremamente branca de pó era o ápice da sensualidade – e os homens não queriam
parecer menos desinteressantes.
3. Sapatos de salto alto
Estes não são os pés de alguma mocinha delicada dos anos
1600. Esses pés pertencem a Luís XIV e seus saltos fatais. Naquela época,
sapatos de salto alto era uma forma de demostrar a superioridade física da
classe alta sobre a classe baixa, pois os que estavam embaixo precisavam olhar
para cima ao se dirigirem aos nobres.
Eventualmente, os saltos altos foram emulados pela sociedade
e acabaram virando símbolo da sensualidade feminina.
4. Leggins e meia-calça
Bem, basta que você veja a imagem do rei Henrique VIII para
perceber que ele está de meia-calça. A verdade é que, no século XVI, este era
um artigo de luxo que era usado tanto por homens mais abastados, quanto por
aqueles que não tinham tantas posses, mas queriam demonstrar uma aparência mais
nobre.
5. Líder de torcida
Apesar disso estar mudando um pouco, principalmente nos Estados Unidos onde essa prática
é comum nas escolas, ser líder de torcida ainda é visto como algo feminino.
Mas, curiosamente, esta era uma atividade preponderantemente masculina!
Naquela época, por volta da década de 1910, homens de camisa
e calça é que animavam a platéia. Por conta das duas grandes guerras, eles já
não eram maioria e as mulheres tomaram conta; introduziram as acrobacias, as
danças e os conhecidos pompons, tornando a atividade mais bonita e
desassociando a figura masculina dela.
Curiosidade: os ex-presidentes dos Estados Unidos Eisenhower,
Roosevelt e Reagan foram líderes de torcida.
6. Usar a cor rosa
Antes da Segunda Guerra Mundial, tanto homens quanto
mulheres usavam a cor rosa sem o menor problema. Um catálogo americano de
roupas infantis sugeria os meninos usassem rosa porque era uma cor mais forte e
apaixonante, e que derivava do vermelho. De fato, meninos é que usavam rosa,
enquanto as meninas usavam o azul-claro (azul-bebê) ou branco.
Não se sabe ao certo quando houve essa mudança de postura em
relação à cor, mas acredita-se que o fato ocorreu por conta do tratamento dado
aos homossexuais do sexo masculino nos campos de concentração durante a Segunda
Guerra: todos eram vestidos de rosa para serem identificados.
Hoje, parece que os homens estão mais abertos em relação à
cor, mas alguns ainda se acanham. Se a dica servir, muitas mulheres
simplesmente amam caras que usam rosa!
7. Chorar
Pasmem: na Grécia Antiga, Japão Feudal e Idade Média, chorar
se sua honra estivesse em jogo era um ato de virilidade extrema! O homem que
não chorava – ou fingia chorar – por sua honra, estava praticamente se
rendendo. O choro era visto como um ato de força e vulnerabilidade saudável,
bem diferente do que se pregou durante muito tempo.