15 filmes futuristas para refletir sobre o presente

O cinema às vezes pode parecer puro entretenimento, mas é comum que aquelas aventuras se inspirem em inquietações de uma geração, e alertem para comportamentos que podem ser destrutivos para o futuro. Entre distopias, utopias e comédias sarcásticas, separamos 15 filmes que vão fazer você olhar o mundo atual com olhos no futuro:

Daqui a Cem Anos (1936)
Baseado num roteiro escrito por HG Wells em 1935 (adaptando um livro de sua autoria), o filme profetizou a vinda da Segunda Guerra Mundial, mas imaginou consequências ainda mais devastadoras. A guerra, no longa, dura vinte anos e leva a sociedade de volta às trevas, sem tecnologia e sob um governo tirânico. Lá pelos anos 70, um grupo de cientistas toma o poder, derrubando o governo conservador e iniciando uma era pós-moderna – que, anos depois, enfrentará outra ameaça do antigo grupo dominante.

Fahrenheit 451 (1966)
No clássico de Ray Bradbury adaptado por François Truffaut, o futuro é um tempo anti-literário, em que qualquer pessoa que possua um livro poderá ser presa e ter seus exemplares queimados. Nesse mundo, a televisão é um objeto onipresente e alienador e os jornais são publicados em forma de quadrinhos.

Fuga no Século XXIII (1976)
O filme pode ter envelhecido mal, mas ainda traz uma visão perturbadora de futuro. Em 2274, a sociedade vive em perfeita paz e conforto, com todas as pessoas tendo tudo o que precisam e fazendo o que gostam. O problema é que, para manter esse estilo de vida, todos devem ser sacrificados aos 30 anos.

Gattaca (1997)
A engenharia genética é o foco desta distopia futurista. Em “Gattaca”, as crianças podem ser geradas em laboratórios, com a combinação perfeita para não terem doenças ou fragilidades, mas quem nasce de forma natural é considerado inferior e tem as portas fechadas.

A Ilha (2005)
O futuro de “A Ilha” está bem próximo: 2019. Nele, as pessoas levam vidas padronizadas e supostamente perfeitas – mas um homem logo descobre que essa realidade é uma farsa. Ele e seus colegas na verdade são clones, criados da forma mais saudável possível para que seus órgãos possam ser usados pelos donos, como um seguro de vida.

Filhos da Esperança (2006)
O futuro de “Filhos da Esperança” (também não tão distante, 2027) é regido pelo caos e pela violência, já que, por alguma razão, as mulheres se tornaram inférteis e a humanidade encara de frente o risco de extinção.

Idiocracia (2006)
Às vezes a comédia esconde nossos maiores receios. No caso de “Idiocracia”, um homem comum é congelado por 500 anos durante uma experiência e, quando acorda, descobre que a humanidade emburreceu tanto que ele é a pessoa mais inteligente do mundo.

Wall-E (2008)
O futuro de Wall-E assusta porque não é tão diferente da realidade. Quando a Terra se tornou imprópria para a vida, de tanto lixo acumulado, os humanos se refugiaram em estações espaciais totalmente automatizadas. Como os robôs passaram a fazer todo o trabalho, as pessoas foram ficando obesas, sedentárias e burras.

Substitutos (2009)
Numa linha semelhante à de Wall-E, o futuro de “Substitutos” é povoado por pessoas quase imobilizadas. Por questões de segurança, a sociedade desenvolveu “substitutos”, que são como clones que vivem todas as experiências fora de casa no lugar de seus corpos reais, reduzindo o risco de acidentes e mortes.

O Preço do Amanhã (2011)

Imagine se a expressão “tempo é dinheiro” fosse levada ao pé da letra? Neste filme, todas as pessoas nascem com um tempo de vida de 25 anos e não envelhecem além daquilo, mas podem ganhar ou perder horas por meio do trabalho, de apostas ou assaltos.

Ela (2013)
No filme mais hype de 2013, os sistemas operacionais (que podem servir para computadores ou celulares) evoluíram tanto que ganharam personalidade e a capacidade de aprender. Isso fez com que eles criassem relações significativas com seus donos e explorassem o universo virtual além da capacidade humana.

O Congresso Futurista (2013)
Provavelmente o filme mais nonsense nesta lista, “O Congresso Futurista” discute o valor da imagem na sociedade do consumo. Na primeira parte, uma atriz autoriza o estúdio a digitalizar sua imagem, passando a utilizá-la naquela forma (e idade) em quantos filmes quiser, sem que ela precise atuar. Na segunda parte, não apenas os atores mas também o público se torna virtual, ingerindo uma droga que altera a percepção e transforma a realidade num desenho animado.

Elysium (2013)
No futuro “sujo” proposto por Blomkamp, os ricos abandonaram a Terra e suas favelas verticais para viver numa estação espacial idílica. Mas a separação não incomodaria tanto os “terráqueos” se essa casta não resolvesse monopolizar, também, as evoluções da medicina.

Interestelar (2014)
Quando o clima na Terra começou a ficar mais árido e as plantações começaram a escassear, todo o conhecimento científico que não tivesse uso rural foi banido. Nesse contexto, um grupo de astronautas precisa decidir se tenta salvar as pessoas na Terra ou inicia uma nova colônia, do zero, em outra galáxia.

O Doador de Memorias (2014)
Mais uma vez, o futuro utópico se parece com uma fábrica. Após sucessivas guerras, líderes decidiram erradicar toda a memória histórica, as cores, a música e as emoções, por meio de uma vacina diária, e criaram uma nova comunidade milimetricamente regrada. Por sorte, ainda existe uma pessoa que se lembra do passado.



Fonte: Guiadasemana por Juliana Varella redatora