20 games modernos para reviver os velhos tempos


A sensação de tirar aquele videogame velho do armário, plugar os cabos, encaixar o cartucho e reviver grandes momentos da infância é única. Isso quando o aparelho ainda está guardado, com todos os componentes e funcionando, uma probabilidade baixíssima. Aí você apela para emuladores, mas tem um baita trabalho para lembrar o nome dos seus games favoritos e, pior ainda, para achar um bendito arquivo que funcione sem transformar seu computador num antro de vírus adquiridos via sites suspeitos.

É jogar games antigos não é tarefa fácil. Mas ainda bem que existe gente saudosista como você e eu. Gente que cria jogos como antigamente, mas com uma pitadinha do que existe de moderno e de melhor. Gente do melhor tipo – os que querem matar a saudade dos velhos tempos sem te extorquir.

Essa tendência já está rolando há algum tempo, principalmente entre os estúdios independentes. Jogos baratos, mais simples, mas completamente divertidos e de estilo retrô estão cada vez mais populares e são a melhor opção para quem curte aquele jeito antigo de jogar.

Abaixo listamos as melhores opções para você que quer voltar uns anos e jogar beat’em ups, jogos de plataforma e ação como antigamente. A boa notícia é que eles estão disponíveis para download nos consoles atuais ou para PC, e você nem precisa ter uma máquina potente para rodá-los. A ótima notícia é que eles são baratinhos – custam até US$ 20 – e valem muito pelo preço que se paga.

Castle Crashers

A escolha de quem jogava Final Fight, Streets of Rage, Double Dragon e adjacentes. O jogo não é novo – a primeira versão, para Xbox 360, saiu em 2008 – mas ainda é o principal beat’em up moderno, talvez porque a essência seja de fato bater, bater e bater nos inimigos que vão surgindo pela frente. Dá para jogar com mais três pessoas junto, o que é essencial nesse estilo, tanto online quanto localmente. É basicamente um jogo de porrada com elementos de RPG como nível, compra de armas e outras mecânicas básicas. Ah, também tem altas doses de humor pastelão.
Disponível para: Xbox 360, Xbox One, PS3, Mac, Windows

Guacamelee!

Um vilão resurge das cinzas, captura a filha do presidente e você é o mocinho que precisa acabar com todos os capangas antes de enfrentar o próprio malvadão. É aquele pano de fundo básico para beat’em up. Mas dessa vez é no México, com direito a mariachis, lucha libre e Dia de los Muertos. Guacamelee! também é porrada, mas tem muitos elementos de plataforma. Não é só bater e bater – há seções em que é preciso executar os comandos para acessar locais mais altos e distantes e avançar. Jogue em dupla – mucho más divertido! Ay ay ay!
Disponível para: PS3, PS4, Linux, Windows, Mac, Wii U, Vita, Xbox 360, Xbox One

Retro City Rampage

É basicamente GTA se tivesse sido desenvolvido 30 anos atrás. É só ver o vídeo aí embaixo. Parece mesmo um jogo dos anos 80 pelos gráficos, sons e mecânicas, mas é de 2012. Está lotado de referências da cultura pop dos anos 80 e 90, desde jogos até filmes. Bem, tem até retrô no nome, então o negócio é bem focado no passado. É o jogo para quem gosta de causar e jogar sem compromisso.
Disponível para: PS3, PS4, Vita, Windows, Mac, Wii, 3DS, Xbox 360, DOS (sim, DOS).
Assista ao trailer aqui.

Spelunky

Misto de Mario, Prince of Persia e Pitfall numa roupagem de Indiana Jones. E extremamente desafiador. A jogada aqui é explorar cavernas, coletar tesouro e itens úteis, salvar donzelas e passar de fase. Mas não adianta querer decorar onde as coisas ficam, porque cada nível é gerado aleatoriamente. Cada partida é um jogo novo, um jogo difícil e que exige pensamento e estratégia. É para aqueles que gostavam de Castlevania e coisas do tipo.
Disponível para: Windows, Mac, Xbox 360, PS3, PS4 e Vita

Shovel Knight

Esse é para quem curtia Duck Tales, Mega Man e outros clássicos do NES. Shovel Knight é totalmente retrô e tem pouquíssimos elementos modernos, como um sistema de compra e venda de itens. Trata-se simplesmente de superar os obstáculos com ataques simples e saltos (é um jogo de aventura e plataforma) passar do chefão e se preparar para próxima fase. Pontos bônus por ter um sistema de passwords para completar o fator retrô.
Assista ao trailer aqui
Disponível para: Windows, Linux, Mac, 3DS, Wii U, Xbox One, PS3, PS4, Vita

Chroma Squad

É um RPG sobre um estúdio sentai, que faz aquelas séries com jovens de roupas coloridas que no final de cada episódio juntam suas forças para pilotar um robô que faz explodir em faíscas um monstro gigante. Tudo para ser americano ou japonês, mas é legitimamente brasileiro, e é retrô por diversas razões. A primeira e mais óbvia, porque remonta a clássicos como Power Rangers, Flashman, Changeman e séries do tipo. A segunda é o visual todo pixelado. A terceira é o sistema tático de batalha, um pouco mais moderno, mas que lembra Final Fantasy Tatics. Precisa de mais motivos? Vai sair para consoles em breve.
Disponível para: Windows, Linux, Mac

Super Meat Boy

Parece fácil quando tudo o que você precisa fazer é pular de um lugar para o outro. Mas o nível de desafio de Super Meat Boy é enorme. Cada salto precisa ser feito na hora certa, de forma extremamente calculada, ou seu garoto-bife vai ser triturado e o sangue bovino vai se espalhar por toda a fase. São 300 estágios que traduzem o estado puro do gênero plataforma num estilo de Super NES e Mega Drive. E já avisamos, é tão difícil quanto divertido.
Disponível para: Windows, Mac, Linux, Xbox 360, PS4, Vita

Broforce

Lembra quando diziam que na capa de Contra estavam Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone? Broforce quase retoma essa teoria com seus “bros” inspirados em personagens dos anos 80 e 90 e sua temática hipermasculina. É tiro pra todo lado, mais ou menos como um Metal Slug elevado à décima potência com doses cavalares de testosterona. Tem multiplayer, o que deixa tudo mais divertido, claro.
Disponível para: Windows e Mac

Cave Story

O jogo por si já pode ser considerado retrô, já que foi lançado há mais de dez anos. E naquela época já homenageou Metroid e outros games ainda mais antigos. É uma mistura de ação, plataforma e exploração com alguns elementos modernizados. Mas o visual “fofinho” não engana ninguém – o jogo é bem difícil e só quem está acostumado com o nível dos games da década de 80 vai se dar bem. A ideia do desenvolvedor foi fazer com que o jogador pense e descubra por si próprio como resolver os problemas das fases.
Disponível para: Windows, Mac, Linux, Wii, 3DS

OlliOlli

Tony Hawk’s Pro Skater é o jogo de skate por excelência (e está até voltando). Mas também tem OlliOlli, que é mais um game de ação à la California Games que um título de skate. Tudo é bem simples, com base no timing dos comandos, mas o ritmo é bem rápido. E por mais que você pratique, as quedas vão fazer parte da sua rotina. Acostume-se.
Disponível para: Windows, Mac, Linux, PS3, PS4, Vita, Xbox One, Wii U, Android, 3DS

Hotline Miami (1 e 2)

Violência gratuita, assim como Pulp Fiction e outras obras de Quentin Tarantino, e elementos da cultura pop e dos filmes de ação das décadas passadas são as inspirações para esses dois jogos um tanto quanto controversos, mas ainda mais divertidos. É um run’n’gun, em que o jogador controle a atira com o personagem. Claro que a modernidade trouxe toda aquela narrativa legal para o jogo, mas o núcleo lembra muito os jogos antigos. Parece muito os primeiros GTAs, com perspectiva de cima para baixo, não lateral, como a maioria dos jogos da lista.
Assista ao trailer aqui.
Disponível para: Windows, Mac, Linux, Vita, PS3, PS4

Oniken

Tem gente que custa a acreditar que esse é um jogo desta década. Tudo leva de volta aos clássicos do NES, mas esse game do estúdio brasileiro JoyMasher é de 2012 e tem como inspirações claras Ninja Gaiden e Strider. Sucesso de público e crítica, é um jogo retrô perfeito de cabo a rabo. Se quer viajar de volta no tempo, é uma das maiores recomendações atuais.
Disponível para: Windows, Mac e Linux

FEZ

Fez é um jogo em duas dimensões jogado em três dimensões. Difícil de entender, né? Mas não é difícil de jogar não, e é bem legal. As criaturinhas de pixels protagonizam quebra-cabeças que vão te fazer pensar bastante. É como se o jogo fosse um cubo e fosse preciso andar com o personagem em todas as faces do objeto para resolver os mistérios e coletar os itens necessários para avançar. Fã de puzzles antigos? Essa é sua pedida.
Assista ao trailer aqui.
Disponível para: Windows, Linux, Mac, Xbox 360, PS3, PS4 , Vita

VVVVVV

Em termos gráficos, não há nada mais retrô que VVVVVV (pronuncia-se V-Six ou Vivivivivivi). Parece Atari ou Commodore 64. Soa como um jogo dessa época também. Mas é totalmente inovador não dar ao jogador a habilidade básica de um jogo de plataforma – o pulo. Em vez de saltar ou se atirar para onde precisa ir, o jogador apenas controla o deslocamento do personagem e a gravidade. Parece muito mais fácil do que realmente é. Difícil também é se ligar nas referências do jogo, uma baita viagem. É o mais “exótico”, digamos, jogo da lista.
Disponível para: Windows e Mac

Gunpoint

Alguns jogos antigos permitiam que o jogador montasse armadilhas e planejasse a abordagem ante os inimigos. Esse é justamente o foco de Gunpoint. Existe uma infinidade de possibilidades de passar por cada fase sem ser visto pelos guardas e usando câmeras, interruptores e elevadores que podem ser reprogramados. O planejamento é a palavra-chave do jogo de espionagem. Socos na cara também.
Disponível para: Windows, Mac e Linux

Shank

O visual é moderno, mas é um beat’em up em duas dimensões dos bons. Apesar de ter ataques que variam de acordo com as armas e uma história que vai se desenvolvendo em paralelo ao desenrolar do jogo, é pancadaria pura. Lembra muito os jogos de super heróis do Mega Drive e do Super NES com algumas modificações e maior qualidade. A atmosfera mexicana faz parecer uma extensão de “Machete”.
Disponível para: Windows, Mac, Linux, PS3 e Xbox 360

Mark of the Ninja

Dá para dizer que é Assassin’s Creed em duas dimensões, com muito menos parkour e muito mais uso das sombras para se esconder dos inimigos. É um típico jogo “stealth”, em que a missão é fazer tudo sem ser visto. E se você é visto, o bicho pega. Não existe uma única solução possível, e cabe a quem está jogando escolher o melhor caminho para cumprir os objetivos. Pense em um Ninja Gaiden sem aquele ritmo frenético e adicione uma boa dose de planejamento – pronto, temos Mark of the Ninja.
Disponível para: Xbox 360, Windows, Mac e Linux

Axiom Verge

Exploração, alienígenas, tiros e bombas, novas habilidades que levam a mais exploração, alienígenas, tiros e bombas. É um ciclo. E poderia ser Metroid, mas é Axiom Verge. A música, a direção artística, o design, os chefes… Tudo remete ao clássico da Nintendo. E é bom. Muito bom. Não tem o status de Metroid, mas é um sucessor espiritual à altura.
Disponível para: Windows, Linux, Mac e PS4

TowerFall


TowerFall faz as vezes daqueles jogos em que a galera se reunia para jogar no “todos-contra-todos”. É um jogo de arena em que os jogadores competem como arqueiros, um tentando acabar com o outro. As fases lembram Mario Bros, aquele jogo para arcade em que era preciso apenas somar pontos com o encanador. Mas também tem muita influência de jogos de luta e tiro nesse game. Foi feito para jogar com mais pessoas, mas se aventurar sozinho também é recomendado.
Disponível para: Windows, Linux, Mac, Ouya, PS4 e Vita



Foto de capa: Pra quem sente falta de Rambo, Broforce é a pedida certa. (Créditos: Divulgação)