Como se não bastassem os malwares, spywares, trojans e
outras cadeias de ameaças desenvolvidas exclusivamente para prejudicar os
nossos queridos computadores, há tecnologias ainda mais elaboradas para lesar
os usuários. Imagine que tenham criado uma infecção poderosa o suficiente para
sequestrar todos os arquivos, dados e senhas do seu dispositivo, e que a única
maneira de tê-los de volta seja pagando aos sequestradores. Sim, a ameaça é
real e leva o nome de Ransomware, ou, em tradução livre, “vírus de resgate”.
Funciona assim: os criminosos infectam e assumem o controle
de tudo o que você tem no telefone ou no PC. De posse da sua privacidade, fazem
contato por e-mail exigindo o pagamento do resgate através de uma moeda
virtual, como Bitcoin. Isso evita que eles sejam rastreados e localizados,
permitindo que continuem atuando sob anonimato. Confirmado o pagamento, os
hackers liberam o conteúdo bloqueado.
Segundo o FBI, a estimativa é de que a nova modalidade de
crime, que cresceu 65% em comparação com 2014, já tenha movimentado mais de
R$70 milhões em todo o mundo.
Nove sequestros
graves barrados nos últimos 40 dias
Segundo Ricardo Coutinho, analista de segurança da PSafe,
para escapar do Ransomware é importante evitar abrir e-mails ou fazer downloads
de fontes estranhas, além de contar com um antivírus que mantenha a base de
ameaças atualizada e que tenha regras de detecção realmente eficazes.
Só entre usuários do PSafe Total, aplicativo de segurança e
performance para Android da PSafe, nove sequestros graves foram barrados nos
últimos 40 dias.
Como a infecção
acontece
O Ransomware pode causar problemas tanto a usuários de
computadores pessoais quanto telefones celulares e tablets, mas os métodos de
infecção usados em cada dispositivo são ligeiramente diferentes.
Nos PCs, o vírus se apodera do sistema quando o usuário
clica num e-mail, geralmente spam, com um falso aviso de atualização de
programa. Nos celulares e nos tablets, a infecção acontece pela instalação de
um aplicativo malicioso, normalmente oferecido através de sites e mensagens
suspeitos.
Evitar o sequestro
ainda é a melhor opção
O Ransomware usa técnicas de infecção complexas e muito
sofisticadas, o que faz com que a prevenção seja o melhor remédio. Ainda assim,
por mais que muitas dicas sejam velhas conhecidas de quem já se protege dos transtornos
de vírus e malwares, o caso do Ransomware mostra que alguns cuidados extras são
importantes.
Tanto no computador quanto no Android, faça uso de um
antivírus confiável. Lembre-se de mantê-lo atualizado para que possa
efetivamente proteger o seu dispositivo de todas versões da ameaça.
Respeite os alertas do seu antivírus sobre possíveis ameaças
oferecidas por sites e aplicativos;
Se puder, prefira guardar seus arquivos na nuvem, em
serviços como Dropbox e Google Drive. Se não tiver como, faça cópias de
segurança (back-ups) diárias dos seus arquivos mais importantes;
Se tiver sido infectado, desligue o aparelho imediatamente.
Não se esqueça: novos vírus e formas de apresentá-los surgem
todos os dias. Suspeite de tudo o que não vier de fonte conhecida e fique
atento aos detalhes de e-mails, sites e aplicativos que levantem suspeitas
sobre a sua confiabilidade.