Cabelo que não cresce é um problema que incomoda
muitas pessoas. Além da questão estética, a falta de volume ou escassez de fios
pode ser sinal de que a saúde não vai bem. Carência nutricional, doenças e até
mesmo sentimentos podem prejudicar o comprimento das madeixas.
Confira os principais motivos pelos quais seu cabelo não
cresce a seguir.
Alimentação
A má alimentação é uma das principais causas da queda
de cabelo, que deixa o cabelo escasso e com pouco volume. “Algumas deficiências
nutricionais estão associadas à fragilidade dos fios. Além disso, elas podem
agravar doenças que não têm cunho nutricional, como alopecia, que é a perda de
cabelos ou pelos em uma determinada parte do corpo”, explica a dermatologista
Rossana Vasconcelos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Alguns compostos como biotina, zinco, vitaminas do complexo
B, ferro e aminoácidos - como cistina, cisteína - são essenciais para preservar
e fortalecer os fios.
Anemia
A deficiência de ferro, principal característica da anemia,
está associada à queda de cabelo e ao desenvolvimento de outras doenças capilares
como a alopecia. A dica é reparar em outros sintomas de anemia, buscar
ajuda médica e realizar exames que medem indicadores que têm relação com a
doença, como hemoglobina, hematócrito, ácido fólico, vitamina B, ferro e
ferritina.
Caspa, seborreia e micoses
Alguns problemas capilares podem causar descamação em volta
do folículo do fio, gerar um processo inflamatório e ainda criar o ambiente
perfeito para fungos. Tudo isso pode atrapalhar o ritmo de crescimento e
facilitar a queda.
Nestes casos, o mais correto é buscar ajuda de um
dermatologista para tratar o problema e recuperar o volume capilar.
Cigarro e álcool
Essas duas drogas aumentam o estresse oxidativo, ou seja,
potencializam os radicais livres que danificam células saudáveis, o que pode
impactar diretamente na saúde da cabeleira. O fumo ainda atrapalha a
circulação, fazendo com que o sangue não chegue com facilidade ao couro
cabeludo.
Cirurgia Bariátrica
As mudanças na dieta de quem faz cirurgia bariátrica podem
provocar queda de cabelos. Além disso, o estresse que atinge algumas pessoas
após o procedimento pode colaborar com o quadro. Todavia, esse efeito pode ser
tratado pelo aporte de vitaminas, adoção de uma dieta saudável e métodos para
controlar o estresse, como a meditação.
Doenças autoimunes
Doenças autoimunes, como lúpus e psoríase, também podem
prejudicar os cabelos. "Pacientes com queda ou dificuldade de crescimento
das madeixas têm de passar por uma avaliação médica, pois podem estar com
patologias que agridem o couro cabeludo ou impedem o tratamento de problemas
como a caspa", aconselha a Rossana.
Estresse
Um dos sintomas de estresse é a queda de cabelo.
Isso ocorre pois ele influencia a formação de radicais livres, que são
moléculas que oxidam as células, causando maior risco de queda das madeixas.
Genética
O fator genético influencia praticamente todos os aspectos
capilares, desde a cor e a textura até o risco de desenvolver algumas doenças,
como a alopecia androgenética, que é popularmente conhecida como calvície.
"Ela tem a ver com uma predisposição familiar que faz com que o cabelo vá
afinando e ficando menor com o passar dos anos e o avanço da idade",
explica a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Rossana
Vasconcelos. "Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para controlar a
evolução do problema", finaliza.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo pode dar sinais nas unhas e cabelos,
como a queda dos fios. Caracterizado pela produção insuficiente de hormônios
pela glândula tireoide, se não tratado, ele pode ter graves consequências para
a saúde, como problemas cardiorrespiratórios, o que aumenta a necessidade de
buscar ajuda médica.
Hormônios
Segundo a dermatologista Rossana Vasconcelos, fases da vida
ou condições em que há alterações hormonais também podem atrapalhar o
crescimento do cabelo. Entre elas estão a Síndrome do Ovário Policístico,
a menopausa precoce e até mesmo os primeiros meses de amamentação.
Medicamentos
Alguns efeitos colaterais de remédios podem fazer os
cabelos caírem, sendo sempre indicado consultar a bula do composto.
Poluição
A poluição também pode aumentar o estresse oxidativo e
piorar inflamações, que podem levar à queda e fazer com que o cabelo não cresça
como deveria.
Progressiva e outros tratamentos
O uso de alisamentos cujos produtos têm como base o formol
ou o ácido glicoxílico pode acarretar em alterações nas hastes dos fios de
cabelo, levando à quebra. Outro ponto importante é que alguns tratamentos
químicos podem causar inflamação e caspa no couro cabeludo, o que também
prejudica a fixação das madeixas.
Assim, o ideal é avaliar a estrutura do fio e não abusar do
uso de produtos químicos, hidratando e dando um intervalo bem espaçado entre
cada um.
Secador e chapinha demais
O aquecimento diminui a quantidade de água dos fios, o que
os deixa fracos, com pontas duplas e faz com que eles cresçam menos fortes e
bonitos. Nesses casos, o ideal é abandonar, ou ao menos diminuir, o uso da
chapinha e sempre secar os cabelos com pelo menos 10 cm de distância do
secador.
Um erro ao secar os cabelos é não usar protetor
térmico, que tem a função de amenizar o efeito do calor sobre a cutícula do
fio.
Tinturas
Dentre todas as tinturas, as mais danosas são as
permanentes, que costumam durar mais e cobrir 100% dos fios. Como penetram na
camada intermediária da fibra capilar, chamada de córtex, elas contêm amônia e
podem aumentar a chance de quebra e queda, o que dá a impressão de que o cabelo
não cresceu.
Além disso, esses produtos possuem parafenilenodiamina, uma
substância que está ligada ao maior risco de desenvolvimento de alergias no
couro cabeludo, o que também prejudica o volume capilar.