Alimentos diet , light e zero

Criados por uma empresa americana por volta de 1980, esses alimentos foram lançados no Brasil no final da mesma década. Atualmente estão por toda parte, até nas farmácias. 

Antes de passar a consumi-los, no entanto, consulte um nutricionista. Também é importante ler as informações da embalagem para saber se a substância que foi retirada ou diminuída é a que você precisa evitar.

Encontra-se hoje no mercado grande número de produtos especiais.

Os mais comuns são os classificados como light, diet e zero, mas há também os chamados free ou low.

Os produtos light, diet e zero estão por toda parte. Se questionadas, as pessoas com certeza não saberão dizer quem os criou nem o que significa cada um desses termos.

Tais produtos, vale destacar, foram desenvolvidos por volta de 1980 pela empresa americana NutraSweet, a mesma que detectou a necessidade e produziu os primeiros adoçantes artificiais para substituir os açúcares.

Os produtos light, diet e zero foram lançados no Brasil no final daquela mesma década.

Alimento light, pela legislação brasileira - Portaria nº 27, de 13 de janeiro de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), do Ministério da Saúde -, é aquele que tem uma quantidade de calorias ou de qualquer nutriente no mínimo 25% menor quando comparado com o produto original. Ele é sempre produzido a partir de um alimento já existente, como leite, suco de fruta, sal, manteiga e creme de leite. Tomemos como exemplo o leite bovino integral, que se compõe de proteínas, gorduras e açúcares. Extraindo-se pelo menos 25% das calorias, ou de gorduras, ou de proteínas, portanto, segundo a legislação, o leite se torna light.

Já o alimento diet não precisa ter um original para ser alterado, pode ser inteiramente criado pela indústria para atender pessoas com necessidades alimentares especiais. Alimento diet, pela mesma portaria, é aquele que não contém açúcar, ou gordura, ou proteínas. Quando o produto extraído é o açúcar - caso do refrigerante e da geleia, por exemplo -, todo alimento diet recebe adoçante que baste para torná-lo palatável.

Alimento zero, de outro lado, é aquele que não contém açúcar, ou gordura, ou proteína, ou sal. Como o light, sempre é produzido a partir de um alimento já existente, como leite, suco de fruta e manteiga. Alimentos com açúcar zero, ou seja, que não contêm açúcar, precisam ter também baixo valor calórico - no caso dos sólidos, no máximo 40 calorias em 100 gramas; e no dos líquidos, até 20 calorias por 100 ml.

O termo free é sinônimo de zero e low, de light. 

Diet, light e zero, vale destacar, às vezes se confundem; existem casos em que um alimento light poderia ter estampado na embalagem o termo zero ou o free. 

Ótimo que o Brasil tenha uma legislação específica sobre estes produtos. Foi um avanço. Mas ela tem deficiências e precisa ser aperfeiçoada.

Um dos problemas está no fato de os alimentos poderem ser ao mesmo tempo diet, zero e free, por exemplo. Isso confunde os consumidores. As pessoas, aliás, não devem adotar tais produtos por conta própria. O ideal é solicitarem o orientação de um nutricionista sobre o uso deles. Além disso, é fundamental, antes de ingerir qualquer um dos produtos especiais, lerem as informações constantes na embalagem para saber se a substância que foi retirada ou diminuída é a que precisam evitar.

Cuidados ao consumir refrigerantes diet,light e zero caloria

Muitas pessoas que querem emagrecer acabam substituindo as bebidas normais por outras de zero caloria. Mas você sabia que está substituição não ter efeito algum, e pior, que pode engordar?

Isso acontece porque o açúcar proporciona maior saciedade  do corpo, o que faz consequentemente que tenhamos menos vontade de comer algo logo em seguida.

Não bastasse isso, os consumidores devem ficar atentos aos altos índices de sódio presentes nas bebidas zero caloria. Esse sódio, se ingerido em excesso, pode causar a retenção de líquidos, além de aumentar a pressão sanguínea.

De acordo com pesquisas realizadas pela Universidade de Yale (nos Estados Unidos), as pessoas que ingerem bebidas diet têm mais chances de ter um aumento no Índice de Massa Corpórea (IMC) do que as pessoas que ingerem as bebidas normais. Uma das causas deste aumento do IMC seria um fator psicológico, onde ao consumirmos uma bebida diet acabamos achando que temos o direito de compensar e comer algo com mais calorias (e que não comeríamos se tivéssemos bebido algo normal).

Outra pesquisa realizada com ratos na UFRGS mostra que os animais que se alimentaram com adoçantes acabaram tendo um aumento no consumo calórico e em seu peso  (o que não ocorreu com os animais que ingeriram alimentos com açúcar). Isso teria ocorrido devido à saciedade que o açúcar dá ao indivíduo.

De acordo com Fernanda de Matos Feijó, nutricionista que realizou a pesquisa na UFRGS, a ingestão de adoçantes artificiais podem contribuir para que o indivíduo tenha uma diminuição de seu metabolismo, isso poderia contribuir para que a pessoa ganhe peso ao invés de perder.

Segundo Mariana Del Bosco, nutricionista membro da Abeso, os refrigerante adoçados artificialmente (Diet, Light e Zero) são basicamente iguais. Todos não possuem açúcar e apresentam quantidades insignificantes de calorias.

Fonte:Caras,Dieta Light