As enfermidades se originam pelo
desequilíbrio em nosso comportamento emocional, mental e psicológico e pela
desarmonia do sistema de vida que todos levamos...
Desvelar os mistérios da Criação e
de si mesmo, aprimorar-se física, mental e espiritualmente é desde os
primórdios da humanidade o que persegue o homem que se move por idéias solares.
Paralelamente a essa busca,cresce o conhecimento relacionado aos
diferentes métodos de cura e origem das enfermidades.
Os povos antigos, à medida que aprofundavam seu conhecimento acerca da
Natureza Humana, compreendiam a relação que existe entre o homem e as forças
do Cosmos. Desta forma, a aquisição não se restringia apenas a uma área
específica e isolada do conhecimento, e sim resultava de maneira integrada,
cuja abrangência estendia-se até os limites da percepção Humana.
Quando compreendido sob o prisma do Som, por exemplo, cada órgão era
relacionado à vibração de uma nota musical ou um conjunto de notas que
produzia uma harmonia específica. Submetido o organismo a tais vibrações, este
se sanava ou nele eram desenvolvidas determinadas potencialidades. Nos templos
Orientais do Himalaia à índia, os mantras e seus tons precisos produziam o
êxtase da adoração, a cura das enfermidades
e dirigiam os mortos nos rituais funerais. No império Macedônico, Herófilo
regulava a pressão arterial segundo a escala musical que correspondia à idade
de cada paciente.
Homem, um Mapa Astrológico
Relacionado com o espaço sideral, o homem era desenhado segundo o mapa
astrológico dos povos antigos. Cada constelação, estrela, planeta ou corpo
celeste eram vistos como agrupamentos nervosos, sistemas de fluxo de fluidos,
tecidos ou órgãos. O Homem e o Cosmos eram entendidos como um só. O equilíbrio
biológico estava para o Homem na mesma proporção que os astros estão para a
Natureza, Desse conhecimento derivou grande parte da medicina chinesa e o conhecimento
acerca das plantas e suas propriedades curativas. Uma vez que cada vegetal é
entendido como a condensação
de determinadas forças cósmicas, o Microcosmo homem pode ser curado e
equilibrado mediante a dose exata de tais princípios potencializados
nas plantas. Assim, os chineses mapearam as principais linhas energéticas do
organismo, estabelecendo sua medicina tradicional. A medicina Ayurvédica dos
Hindus está fundamentada no equilíbrio energético oriundo de tal percepção.
Paracelso, astrólogo e médico medieval, exprime que cada planta, vegetal
ou animal possui um ânima, uma essência, um princípio cósmico que peregrina
dentro de uma escala evolutiva desde organismos mais simples até o Homem. Esse
conhecimento concorda assombrosamente com a Roda do Samsara dos Tibetanos e os Mistérios
Egípcios do Arcano 10, sendo o homem a resultante última das equaçoes
celestiais.
As culturas serperntinas(as autênticas culturas asteca,
maia, egípcia, caldeias etc.) jamais
conceberam o homem por partes, mas sim integrado e relacionado a toda a
Natureza.Os Incas da América pré-hispânica, por exemplo,entenderam que o seu ambiente tem a mesma
importância seus órgãos internos.Perceberam a mata, os riachos, as montanhas como órgãos vitais externos de seu
próprio organismo. Para eles cada animal que lhe serviu de caça,cada planta que
lhe serviu de alimento e o córrego de águas do qual bebeu converteram-se
nele mesmo,sendo o local de seu nascimento
e crescimenio tão vital como as batidas de seu próprio coração, Esse é o sentido
dos Puccariscas, a alma do Inca, a terra natal do qual ele é a resultante
última,
A Cura nas diversas culturas
Como o homem é um universo em miniatura com
todos os planetas e constelações dentro da si, quando algum órgão deste corpo se desequilibra ou se desarmoniza, semelhante
a um corpo celeste que
sai de sua órbita, aparece fisicamente uma enfermidade e, no âmbito mental e emocional, uma enfermidade psíquica. Mediante esse conhecimento, os antigos médicos da Pérsia, Egito, Tibet, Índia, eram capazes de predizer que tipo de enfermidade uma pessoa
sofreria no futuro analisando o momento de seu nascimento e a correspondente conjunção astrológica. Entendiam ainda que as forças curativas são auto-conscientes e dirigiam-lhes súplicas, conjurações e orações por meio de proocedimentos ritualísticos. Lembremos os grandes rituais egípcios no
processo de mumificação que utilizavam aromas e unguentos sagrados para embalsamar o corpo; os cristãos que sempre utilizam perfumes, incensos e extratos vegetais em seus rituais; astecas e maias que sempre ritualizavam frente à natureza para suas colheitas, entre diversas manifestações culturais do oriente ao ocidente que expresssavam o conhecimento do manejo da magia da natureza e do cosmos.
Hoje cada vez mais o homem tem buscado os métodos naturais como fonte de cura e qualidade de vida. São diversas as técnicas e terapias naturais que nos equilibram a mente, emoções e principalmente nossa parte física.Logra-se assim uma correta relação
entre mente e espírito. Porém, é fundamental
que não esqueçamos,à semelhança dos povos antigos,
que mais além da parte física existe uma parte anímica, consciente e inteligente que necessitamos também manejar para nosso
proveito.
A utilização consciente de tais inteligências e forças geratrizes
traduzem-se na Elementoterapia, ciência própria do Gnosticismo Universal que permite ao
indivíduo beneficiar-se da grande Mãe Natureza e das forças siderais para
os mais diversos fins, sobretudo na cura das enfermidades.
Fonte: Revista Gnosis