O distúrbio do medo patológico pode se apresentar como Fobia
Específica, quando o pavor tem um objetivo certo, como, por exemplo, medo de
animais, de escuridão, de água, altura, etc. Pode ainda se apresentar como
Fobia Social, na qual o horror é de sentir-se objeto de observação e avaliação
pelo outros como, por exemplo, falar em público, escrever diante da observação
dos outros, comer em público, etc. Pode também surgir sob a forma de Ataques de
Pânico, onde o paciente passa a ser acometido, de uma hora para outra, de
sintomas físicos terríveis, sem que saiba identificar exatamente o que o
ameaça.
Alguns cálculos atuais mostram que em torno de 25% da
população teve, tem ou terá, em algum momento da vida, um episódio de Fobia. No
Brasil, como de praxe, não há números nacionais a respeito do assunto. Hoje em
dia aceita-se, com um pouco de incerteza, que esse distúrbio atinge duas vezes
mais mulheres que homens.
O medo, mais precisamente, o medo patológico e que limita de
alguma forma a vida das pessoas, vem aparecendo com frequência cada vez maior
em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. Esse medo patológico se
diferencia do medo normal por várias razões:
- Não ter
razão objetiva;
- Não tem
base na realidade concreta;
- O próprio
paciente sabe ser absurdo o que sente;
- Provoca uma
aflição (ansiedade) desmedida e
- É
acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc.)
A boa notícia é que, ao contrário de antigamente, quando o
fóbico ia progressivamente se retraindo e se isolando cada vez mais, hoje em
dia um grande contingente de doentes se vê estimulado a procurar ajuda
especializada. Essa diferença de postura deve-se, sem dúvida, aos avanços dos
novos medicamentos e à eficácia dos tratamentos.
Os quadros de Fobias e de Pânico estão relacionados aos
quadros de ansiedade patológica, de angústia e, principalmente, de depressão,
neste caso, de Depressão Atípica.
Em suas manifestações mais agudas, tanto as Fobias quanto o
Pânico são altamente limitantes e quase sempre expõem os pacientes a todo tipo
de vexames. O medo de elevador pode fazer com que uma pessoa simplesmente se
recuse a trabalhar ou morar em edifícios, o de avião impede passeios (de toda
família), o de dirigir é muito mais problemático ainda...
Além da sensação de medo, propriamente dita, que aparece
durante a circunstância que dá a fobia, a ainda o medo antecipatório, como por
exemplo, fazendo a pessoa suar frio só de pensar em se sentar à direção de um
carro. Na Fobia Social, por exemplo, faz com que a pessoa seja incapaz de
conversar com o chefe, de trocar opiniões com os colegas de trabalho ou expor
suas idéias numa reunião.
Pânico costuma ser mais incapacitante ainda. Profissionais
podem até interromper sua carreira por causa do problema. No Pânico, de repente
a pessoa começa a tremer, é tomada pela tontura, a pressão arterial dispara, o
coração bate descompassado. Os sintomas são parecidos com os de um infarto, e,
nesse instante, a morte ou a loucura iminentes parecem certas. Depois da
primeira crise, o paciente costuma submeter-se a uma batelada de exames
clínicos, o médico verifica que não há nada de errado e, mesmo assim, as crises
continuam. Um dos piores aspectos do Pânico é o "medo de ter medo".
Apavorada com a idéia de voltar a sentir os sintomas, a pessoa passa a fugir
dos ambientes em que os ataques ocorreram, como se tal atitude pudesse
evitá-los. É por essa razão que tantas vítimas acabam se trancando em casa.
Além das crises características de Pânico, outros sintomas
podem aparecer, como por exemplo, o medo de engasgar com um simples grão de
feijão, medo de qualquer comprimido, sensação de se afogar no chuveiro, etc.
Há cerca de um século começaram as primeiras investigações
sobre a origem dessas desordens emocionais que atingem milhões de pessoas em
todo o mundo. Um ramo da pesquisa, que se utiliza do modelo biopsicológico,
derivado da psicologia comportamental, vêm encontrando grande ressonância entre
os médicos e terapeutas que lidam com esse assunto. De acordo com esse ponto de
vista, o medo patológico é apenas a expressão de uma angústia mais profunda, e
não deve ser considerado uma doença em si.
Outro ramo da pesquisa, com visão mais neurológica e
orgânica, tenta delimitar as áreas do cérebro responsáveis pelo medo
patológico, bem como os elementos cerebrais (neurotransmissores e
neuroreceptores) relacionados por ele. Por causa desse tronco da pesquisa
científica foram encontradas várias substâncias reconhecidamente eficientes no
tratamento do Pânico, da Fobia e da Depressão.
Do ponto de vista neuropsiquiátrico, sabe-se hoje que as
amígdalas, que são estruturas cerebrais localizadas na região das têmporas e
têm a função de identificar situações de perigo, enviam ao hipotálamo, local de
controle global do sistema endócrino, o sinal para que certas reações sejam
deflagradas, como por exemplo, a reação de estresse.
Essas amígdalas reconhecem uma ameaça porque são alimentadas
pelo Sistema Límbico, a parte do cérebro que constitui uma espécie de banco de
memória das ameaças à pessoa, portanto, de memória do medo. No sistema límbico
estão armazenadas as informações que remetem a temores de nossos ancestrais,
como os de animais ferozes, do fogo ou escuridão. Além disso, o Sistema Límbico
registra dados que se referem a experiências em que o medo foi adquirido por
aprendizado ou por trauma. De acordo com pesquisas recentes, os fóbicos
apresentariam uma hiperatividade nessa região do cérebro.
Os pesquisadores agora se empenham na descoberta de que esse
sistema todo seria regulado por duas substâncias chamadas de
neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina. São essas mesmas duas
substâncias que se relacionam ao humor e às sensações de prazer e bem-estar.
A história dos antidepressivos, usados também para combater
Fobias e Pânico, está intimamente ligada aos avanços nessa direção. No início,
as esperanças depositavam-se sobre medicamentos como Anafranil® e Tofranil®,
ambos antidepressivos e que agem sobre a química cerebral como um todo, sem
especificidade. A constatação de que a serotonina tinha um papel preponderante
nesse processo, propiciou a criação de medicamentos que atuam especificamente
sobre esse neurotransmissor.
Foi assim que se chegou ao Prozac® e o Zoloft®, os quais
interferem especificamente no neurotransmissor serotonina. Depois desses
medicamentos, outros da mesma linhagem foram sendo desenvolvidos, como o
Aropax®, Luvox®, Serzone®, Efexor®, e assim por diante.
Depois de alguns anos acompanhando casos e mais casos de
Fobias e Pânico, pode-se afirmar hoje, com certeza, que esses medicamentos são
indispensáveis e insuficientes para a cura do problema. Já se constatou que o
tratamento medicamentoso é muito mais eficaz quando associados a psicoterapia e
vice-versa. Isoladamente, tanto os medicamentos quanto a psicoterapia, servem
mais para controlar a intensidade dos sintomas – o que, sem dúvida, faz uma
enorme diferença para os que sofrem desses problemas, mas a resolução
definitiva fica muito mais próxima com os dois tipos de tratamento
conjuntamente.
Fobia de Lugares
Abertos
Resumindo, a Fobia Social faz com que a pessoa sofra ataques
de Pânico cada vez que põe os pés para fora de casa.
Inicialmente esse transtorno ansioso começa com uma estranha
sensação ao atravessar uma rua, por exemplo, ou ao participar de uma reunião de
trabalho ou coisa assim.
A sensação pode ser de uma súbita tontura, uma forte pressão
no peito e um pavor irracional de cair no chão. Algumas pessoas começam com uma
crise leigamente (e erradamente) tida como labirintite.
Esse pode ser o primeiro sinal de que algo esta fora de
controle e, logo os episódios se tornaram freqüentes. O mal-estar volta a aparecer quando a pessoa se sente em
situação de tensão, como em supermercados, no trânsito, no banco, no ônibus,
avião, etc. Sair de casa se torna um sacrifício.
Na psiquiatria, esse medo relacionado a espaços abertos
chama-se agorafobia, um transtorno que 25% da população está sujeita a sofrer,
pelo menos uma vez na vida. Então, só para esclarecer, entre essas
manifestações da ansiedade patológica tem as chamadas Fobias Específicas, como
o nome diz, específicas de determinadas situações ou objetos (barata, seringa
de injeção, elevador, altura) e tem a Fobia Social, que acaba por fazer com que
a pessoa tenha verdadeiro pavor de gente e as tarefas sociais banais, como
assinar um documento ou comer na frente dos outros, transformam-se num
tormento.
Fobia Social
A Fobia Social é o medo patológico de comer, beber,
escrever, telefonar, enfim, de agir diante dos outros com risco de parecer
ridículo ou inadequado. Em casos extremos, pode resultar em total isolamento. A
principal característica dos fóbicos sociais é a ansiedade antecipatória, mal
estar que aparece só de pensar na necessidade de falar numa reunião marcada
para daqui a três semanas, de receber uma visita, de ter que ir a um casamento
ou coisa assim.
Uma das queixas mais ouvidas na Fobia Social é do tipo: “é
só eu sair de casa que as pernas tremem, as mãos suavam, sinto palpitações,
falta de ar e sensação de que vou ter alguma coisa”. E o quadro se mantém na
rua, no ônibus, dentro da sala de aula, no supermercado, no banco, etc.
O fóbico começa a sofrer desde a hora em que recebe a
notícia de seu compromisso e os sintomas crescem como uma bola de neve quanto
mais vai se aproximando o momento da provação. Na hora H a pessoa começa a
prestar muita atenção no seu desempenho, começa a se preocupar demais com o que
os outros estarão pensando e, num círculo vicioso, as coisas tenderão a fugir
completamente de controle. No controle das Fobias, aliar terapia comportamental
ao uso de antidepressivos parece ser a chave do sucesso. Na terapia, o paciente
aprende a enfrentar situações aterrorizantes, para ele, com mais segurança e a
otimismo. Sob o efeito dos remédios, consegue impedir que sintomas físicos, tão
desagradáveis, como suar demais ou uma súbita vontade de ir ao banheiro, fujam
do controle. Isso acaba por devolver ao paciente a auto-estima necessária para
sentir segurança naquilo que faz ou fará.
Hoje em dia tem se considerado como ideal de tratamento, a
terapia comportamental ou cognitiva individual, associada a antidepressivos.
Este tipo de medicamento regulará a serotonina, responsável pelas sensações de
bem-estar, e inibirá os sintomas do Pânico.
Fobia de Assalto em
Crianças
Tem sido relativamente comum, hoje em dia, crianças com
menos de 10 anos sofrendo de Fobia de assalto. Depois da experiência, cada vez
mais comum, de ter vivenciado algum assalto ou de ficar sabendo de alguma
ocorrência desse tipo em alguém mais próximo, a criança vai ficando cada vez
mais com medo, a ponto de sofrer exageradamente.
Nas classificações de transtornos emocionais esse quadro
pode ser denominado Transtorno por Estresse Pós-Traumático mas, por razões
didáticas, o conceito de fobia pode ser muito bem aplicado aqui. O
comportamento dessas crianças começa a mudar. Começam a ter medo de ir para
algum cômodo vazio ou escuro da casa, ficam apavorados de sair na rua, aderem
insistentemente à mãe ou ao pai, pedem para dormir no quarto dos pais.
Posteriormente passam a acordar sobressaltados no meio da noite.
Em seguida, a criança com fobia de assaltos pode deixar de
querer ir à escola e de sair para brincar com outras crianças. Manifestam
preocupação exagerada pelos pais e irmão e sentem muito medo de que alguém da
minha família morra ou seja assaltado.
Fobia ou Medo de
Barata ?
As pessoas costumam dizer que têm fobia de barata mas, na
realidade, muitas vezes sentem apenas medo (ou asco) do animalzinho. Para ser
Fobia, esse sentimento deve ser, primeiro, muito desproporcional e absurdo,
segundo, a pessoa tem que apresentar os chamados sintomas autossômicos (falta
de ar, sudorese, palpitação, mãos frias, etc.) diante da barata.
Normalmente o que se vê, são pessoas que fazem um certo
escândalo mas, não havendo platéia, pegam um chinelo e esmagam o inseto. O
fóbico não. Ele simplesmente não dorme enquanto não tiver certeza absoluta que
o quarto está livre de baratas. Ele passa mal.
Fobia ou Medo de
Dirigir?
Para quem dirige, normalmente sentar-se no banco do carro,
dar partida, engatar a marcha e sair com o carro são ações tão naturais e
automáticas quanto escovar os dentes ou levar um copo à boca.
Entretanto, para muitas pessoas, a simples idéia de guiar um
carro pode causar verdadeiro pânico. Algumas pessoas desenvolvem Fobia do
volante, mesmo depois de algum tempo de direção normal.
Essas pessoas se sentem incomodadas só de imaginar que
poderão cometer alguma barbeiragem, prejudicar o trânsito e, em seguida, alguém
poderá buzinar agravando ainda mais o nervosismo.
Quando esse medo é intransponível e, caso a pessoa insista
em dirigir apesar do medo, é seguido de sintomas autossômicos (falta de ar,
sudorese, palpitação, mãos frias, etc.), estamos falando de Fobia, propriamente
dita. Quando a pessoa não passa mal mas, apesar disso, evita a todo custo
dirigir, então é apenas medo de dirigir.
O medo de dirigir, quando aparece depois de algum tempo
depois da pessoa já ter dirigido normalmente, reflete sempre uma grande
insegurança, e esta, por sua vez, seria conseqüência de uma baixa auto-estima a
qual, finalmente, refletiria um estado depressivo. É por isso que o tratamento
de escolha para o medo de dirigir é com antidepressivos associados à
psicoterapia.
Medo de Avião
O medo de avião não é exclusividade de quem nunca viajou.
Ele afeta, indiscriminadamente, passageiros novatos e veteranos. É um Pânico
muitas vezes inexplicável, que se manifesta das mais diferentes formas.
Em algumas pessoas, as mãos suam e gelam antes mesmo de o
avião começar a se mover. Outras pessoas sentem palpitações, tonturas e
náuseas. Há casos de gente que tem insônia na véspera da viagem, que se
caracteriza como ansiedade antecipatória.
Algumas dessas pessoas com medo de avião, simplesmente
deixam de voar, outras, curiosamente, desenvolvem um impressionante repertório
de superstições para alívio da ansiedade quanto têm mesmo de viajar. Há quem
viaje somente na primeira fileira para sair mais rápido em caso de pouso
forçado. Outros carregam santinhos, costumam se benzer ou fazer “simpatias”, só
embarcam com o pé direito ou evitam ir ao banheiro para não
"desequilibrar" a aeronave.
Para quem tem medo de avião, não adianta explicar que apenas
um entre milhões de vôos acabará em desastre, o fóbico sempre viverá na
expectativa de que o vôo fatídico será justamente o dele.
Há dois tipos principais de medo de avião. Um deles diz
respeito ao pavor de um acidente aéreo, medo da catástrofe. Outro tipo
representa o medo de passar mal no avião e não poder ser atendido, não poder
mandar o avião parar para descer. Esse último está mais relacionado às
síndromes ansiosas, do tipo Pânico ou Fobia.
No primeiro caso, no medo de acidente aéreo, o tratamento de
escolha é predominantemente psicoterápico e, de preferência, com a chamada
terapia cognitiva (veja o quadro). No medo de passar mal no avião e não ser
atendido “a tempo”, usa-se com sucesso o tratamento antidepressivo.
Medo Normal e
Patológico
Todos nós temos algum grau de ansiedade ou timidez e, quando
se manifestam, normalmente são acompanhadas por uma indefinida sensação de
mal-estar. Mas é benéfico experimentar ansiedade em certas circunstâncias e, de
certa forma, a ansiedade normal até favorece a adaptação do ser humano a novas
situações.
O medo ou ansiedade normal provocado pela necessidade de
fazer uma palestra, de dar uma aula, de submeter-se à entrevista para emprego,
etc., faz com que a pessoa fique mais alerta, mais preparada e, portanto, mais
apta ao sucesso.
Para o fóbico, entretanto, a ansiedade é patológica e não dá
bons resultados. Ao contrário, ela compromete o sucesso, paralisa, descompensa
e faz perder o controle. Nos casos de Fobia, há uma resposta ansiosa inadequada
a determinado estímulo que, nas pessoas normais, determinaria uma resposta
ansiosa mais adequada.
Assim sendo, a Fobia nada mais é do que uma reação ansiosa
exagerada, a qual faria com que o Sistema Nervoso Central tome por situações de
risco, estímulos banais e inofensivos do dia-a-dia.
Hoje, diante de quadros que faz a pessoa sentir palpitações,
suar em bicas e até perder os movimentos diante de determinado objeto ou
situação são sinais facilmente diagnosticados como Fobia. Muitas vezes, a Fobia
aparece junto com quadros graves de Depressão (em torno de 50% dos casos) e de
Síndrome do Pânico (60%), ou leva à dependência de álcool (20%).
A Personalidade do
Fóbico
Recentemente pode-se suspeitar que os fóbicos, de maneira
geral, tendem a apresentar alguns traços de personalidade em comum.
Normalmente, são pessoas que tiveram uma educação rígida, estimuladora da
ordem, da conseqüência e do compromisso.
Normalmente são pessoas excessivamente preocupadas com o
julgamento alheio, com a opinião dos outros a seu respeito, são perfeccionistas
e determinados. Com essas características os portadores de fobia costumam ter
alto senso de responsabilidade, bom desempenho profissional e avidez pelos
desafios da vida social.
Mas a origem da fobia ainda é misteriosa, concorrendo para
tal, desde a herança genética dos traços ansiosos da personalidade, até a
aprendizagem das reações diante do perigo, passando pelas alterações dos neurotransmissores.
Geneticamente já se sabe que os filhos de pais fóbicos têm
15% de possibilidade de perpetuar o comportamento na idade adulta. A medicina
sabe também que, entre as pessoas com traços de timidez na personalidade, 2%
vai desenvolver Fobia Social no decorrer da vida.
O Medo da Criança
O universo infantil é repleto de monstros e fantasmas, e há
uma série de situações em que eles aparecem para amedrontar a criança.
Normalmente esses bichos imaginários despertam o medo na criança durante a
noite, outras vezes no meio de uma brincadeira, na piscina ou no carrossel.
Como as fantasias e esses medos são praticamente normais nas
crianças, os pais devem procurar ajuda no caso do medo começar a provocar
alterações na rotina, na atividade social, escolar ou na personalidade da
criança. Calcula-se que, no máximo, 5% das crianças que têm pesadelos ou
manifestações constantes de medo necessitam de algum tipo de tratamento.
A maioria das crianças, quando acometida por crises de medo
noturno, corre para o quarto dos pais no meio da noite. Algumas, portadoras de
um medo mais intenso e constante, juntamente com sensação de insegurança, nem
se atrevem a começar dormir sozinhas. Antes de qualquer coisa, já começam as
noites no quarto dos pais.
Alguma parte desse medo pode ser atribuída ao comportamento
dos pais. Quando a mãe tem pavor de barata e faz um escândalo quando se depara
com esses animais, ou quando o pai manifesta sólida convicção nas coisas do
além, será muito provável que o filho faça o mesmo.
Neste caso também, devemos ter em mente a seguinte sequência
de ocorrências emocionais:
Sintoma
|
Sinal de:
|
Medo
|
Ansiedade
|
Ansiedade
|
Insegurança
|
Insegurança
|
Auto-estima baixa
|
Auto-estima baixa
|
Depressão
|
Fonte: PsiqWeb