Assim como os seres humanos, os cães e gatos também precisam
de transfusão de sangue no caso de doenças e acidentes graves. No entanto,
pouca gente sabe disso, o que faz com que, atualmente, o número de doadores
animais seja ainda menor do que o de humanos, que já não é satisfatório.
Doar sangue é uma atitude de cidadania que não é privilégio
dos seres humanos. Quando são vítimas de acidentes graves - atropelamentos, por
exemplo - ou estão com doenças como anemia ou câncer, os cães e gatos também
necessitam de transfusão de sangue e, para que o procedimento aconteça, é
preciso que existam "bichinhos cidadãos", dispostos a doar seu sangue
para aqueles que precisam - exatamente como acontece entre nós, humanos -,
certo?
O grande problema é que, por falta de informação - ou mesmo
por preguiça ou receio -, os donos de cães e gatos não têm o hábito de levar
seus animais de estimação para doar sangue. Conclusão: atualmente, o número de
doadores permanentes nos bancos de sangue para animais é baixíssimo - ainda
menor do que o dos humanos, que já não é satisfatório -, o que faz com que
muitos bichos doentes acabem morrendo por falta de sangue sadio.
Mudar essa realidade é facílimo e depende de cada um de nós.
A doação de sangue para animais é supersimples e funciona de maneira muito
semelhante à nossa: o doador precisa estar sadio e ter bom histórico de saúde,
além de peso e idade recomendado. No caso dos gatos, há ainda outra exigência:
preferencialmente, o bichano deve residir em apartamento, o que diminui seus
riscos de ser portador de doenças transmissíveis, como a Aids Felina.
O procedimento é gratuito, dura cerca de 30 minutos e pode
ser realizado a cada três meses pelo doador, que ainda tem direito a
"lanchinho" no final da doação, sem contar o exame de sangue "na
faixa". A principal diferença entre homens e animais é que, diferente de
nós, eles têm que fazer jejum de quatro horas, antes de realizar o
procedimento.
Após a coleta do sangue é a vez dos veterinários agirem para
encontrar os doadores e pacientes compatíveis. Os cães têm treze tipos
sanguíneos diferentes e os gatos, três, sendo que cada animal tem direito a
receber, uma única vez, a doação de um tipo sanguíneo diferente do seu. Depois
disso, é preciso que doador e paciente tenham o mesmo tipo sanguíneo para a
transfusão fazer efeito, sem contar o fator positivo ou negativo, que segue a
mesma regra dos humanos: aqueles que possuem sangue negativo só podem receber
de um doador negativo, enquanto os positivos podem receber dos dois tipos
sanguíneos.
Ou seja, após a primeira transfusão, as chances de um
animalzinho doente encontrar um doador compatível diminuem e, por isso, quanto
mais voluntários estiverem cadastrados, nos bancos de sangue para animais,
melhor.
Agora que você já sabe que cães e gatos também podem doar
sangue, que tal cadastrar o seu animal de estimação como um doador permanente e
ajudar outros cães e gatos doentes? Muitos hospitais veterinários e universidades
realizam o procedimento. Basta procurar o mais próximo da sua casa e realizar
esse ato de cidadania, junto com o seu bichinho!
Fonte: Planeta Sustentável