Existem muitas formas de proteger o cão quando o mesmo é
transportado no carro, como cinto de segurança especial para o peludo, caixinha
de transporte e até mesmo as cadeirinhas. Contudo, poucas pessoas utilizam
desses produtos para transportar o animal em segurança e assim deixam o pet vulnerável
a possíveis acidentes.
Mesmo que as espessas camadas de pelo consigam minimizar o
impacto da colisão, os cães podem ter dificuldades para se recuperar. Isto
porque, de acordo com Amy D. Shojai, no livro “Primeiros Socorros para Cães e
Gatos”, os acidentes podem causar problemas internos que demoram para serem
descobertos.
“Uma razão pela qual os acidentes de carro são tão perigosos
é a de que muitos animais aparentemente saem deles com nada além de uma unha
arrancada ou alguns arranhões. As pessoas acreditam que eles estão bem e eles
não são levados para um check-up. No entanto, enquanto isso,
eles podem ter ferimentos internos que não serão percebidos durante horas ou
dias”, explica a autora.
Como socorrer um
animal acidentado?
Antes de mais nada é preciso identificar como foi o
acidente, se o pet estava dentro do carro ou se um automóvel o
atropelou. Sabendo desta informação, o socorro poderá ser colocado em prática.
O primeiro passo, no entanto, é amordaçar o animal ferido, pois nesta condição
o pet não reconhece a ajuda e pode atacar tentando se
defender.
Caso não se tenha uma focinheira no momento, é indicado
improvisar uma mordaça com cadarço ou qualquer outro cordão. Já se o
cachorrinho tem o focinho achatado, é indicado cobrir a cabeça dele com algum
pano e ter bastante cuidado ao manuseá-lo. Além destes cuidados, é importante
atentar-se à respiração do peludo, para ter certeza de que ela não ficará
comprometida com a mordaça. Feita essa imobilização, é hora de se preocupar com
os demais passos.
Verificar respiração
e batimentos cardíacos
Esta etapa não pode ser pulada, mesmo que o animal aparente
está bem. É preciso saber se ele está ofegante e em que ritmo o coração dele
bate. Neste caso, se for para verificar a respiração, basta colocar o ouvido
próximo ao focinho do pet.
Já com relação aos batimentos cardíacos, é necessário
levantar uma das patas traseiras, enquanto o animal estiver deitado, e colocar
a mão na virilha do cachorro. Desta forma, a artéria femoral pode ser sentida
quando o peludo ainda possui batimentos cardíacos.
Caso o animal não esteja respirando ou com os batimentos
cardíacos, será preciso realizar uma ressuscitação cardiopulmonar. Para isso, é
necessário fazer cinco compressões no peito do animal, alternando-as com uma
respiração.
Observar se há
sangramento
Sangramentos são perigosos, pois podem causar hemorragia no
animal. Por esta razão, se o pet estiver com um ferimento
nestas condições, é indicado que o socorrista faça pressões nesta região, para
estancar o sangramento. É importante lembrar que quando for necessário fazer a
compressa, o primeiro pano ou gaze que for colocado deve permanecer fixo até
coagular.
Conferir as gengivas
Esta etapa é uma extensão do estancamento de sangue, tendo
em vista que observando a cor das gengivas é possível perceber como o animal
está por dentro. Por exemplo, o ideal é que elas estejam rosadas ou vermelhas,
indicando que o paciente está com muito sangue correndo no organismo. Caso
contrário, se as gengivas estiverem pálidas, este é um sinal preocupante pois
pode indicar que o pet pode estar entrando em choque, por
falta de sangue nos vasos.
Neste caso, é indicado esfregar mel nas gengivas do animal
na tentativa de reanimá-lo. Além disso, o socorrista deve manter o cachorro
aquecida através de um cobertor ou toalha, evitando a situação de choque.
Proteger os
ferimentos
Técnica ideal apara evitar infecções em ferimentos abertos.
Desta forma, é indicado colocar um pano, gaze ou algodão nas feridas expostas,
evitando que estas fiquem abertas até o veterinário. Na hora do atendimento,
esta medida vai facilitar e adiantar os serviços do especialista em saúde
canina.
Cuidar dos olhos do pet
Se no acidente o animal machucou o olho, é importante
mantê-lo também protegido. Esta medida, neste caso específico, evita que o
cachorro fique cego. Por isso, o indicado é molhar uma gaze no soro e colocá-la
por cima do olho ferido.
Verificar se há pata
quebrada
Apesar de algumas fraturas serem expostas, há algumas que só
é possível ver depois de observar muito bem o animal. Por isso, é importante
averiguar como os ossos do animal está, se há alguma ruptura em tendões ou se
existe alguma parte da pata que está mais mole que o normal. Caso esteja, é
necessário imobilizar esta região. Se não for possível no momento, tente
resgatar o animal sem mexer muito na área de osso fraturado.
Movimentações
limitadas
Após um acidente, o animal fica assustado e por isso reage
de forma negativa para qualquer movimentação. Mesmo com o corpo machucado e
ferido, o cachorro pode tentar fugir das pessoas que querem ajudá-lo. Assim, há
a possibilidade dele se machucar ainda mais. Por esta razão, é indicado fazer
movimentos limitados, principalmente quando o cão for ser transportado.